Na condição de técnico, psicólogo e “bombeiro”, Guilherme Macuglia assumiu o comando do Paraná Clube com uma dura missão: resgatar a identidade de um time esfacelado. Tecnicamente, o Tricolor vive um momento irreconhecível. Na sua visão, tudo é reflexo da falta de confiança, do abalo emocional que a sequência de tropeços provocou. “Temos que atacar alguns pontos emergenciais para este jogo de sábado (amanhã). Depois, a gente vê a melhor forma de introduzir o nosso trabalho”, disse Macuglia.
Um dos alvos do treinador é a posse de bola. “Vi pelo menos oito jogos recentes do Paraná nesses últimos dias. Time que não valoriza a posse de bola, que não troca passes, não vai a lugar algum”, ressaltou. Para ele, o desgaste apresentado pelos atletas em muitos jogos é exatamente resultado desse erro estratégico. “Se você não segura a bola, precisa correr dobrado”. É claro que além dessa questão técnica, há também o fato de que muitos jogadores titulares estão só agora recuperando o ritmo de jogo.
A primeira ação de Macuglia foi estabelecer uma nova estratégia de jogo. O 3-5-2, “execrado” pelo seu antecessor, foi a primeira escolha para o coletivo de ontem à tarde. Flávio ganhou uma vaga entre os titulares, formando a zaga com Brinner e Amarildo. A outra mudança ocorre no meio-campo, com a entrada de Serginho na vaga de Dionísio, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. “Na verdade, estou procurando a melhor formação a partir das peças que estão disponíveis”, explicou Macuglia.
Além de Dionísio, o meio-campo Douglas Packer também está suspenso. Além disso, o Paraná segue com vários jogadores no departamento médico, como o goleiro Zé Carlos, o zagueiro Cris e os meias Cambará e Rone Dias. Assim, os titulares trabalharam, ontem, com Luís Carlos; Flávio, Brinner e Amarildo; Marquinho, Maycon Freitas, Serginho, Dinelson e Lima; Jefferson Maranhão (Borebi) e Hernane.