Rio – A cinco meses e três dias da estréia do Brasil na Copa do Mundo da Alemanha, contra a Croácia, quatro dos principais jogadores da seleção enfrentam problemas de natureza técnica e física. No Milan, o goleiro Dida tem cometido sucessivas falhas e o lateral-direito Cafu está no banco de reservas. Quanto à dupla do Real Madrid, o lateral-esquerdo Roberto Carlos passou a ser vaiado pelos torcedores e o atacante Ronaldo voltou a se contundir.

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Os problemas, a princípio, não incomodam o técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira. O treinador destacou que, sob este aspecto, existe tempo para uma recuperação antes do Mundial e, por isso, acredita na superação dos problemas pelos jogadores.

Parreira ainda lembrou que o grupo de atletas com os quais trabalhou durante as Eliminatórias da Copa do Mundo mostrou seu valor e, por isso, não há o que temer. Para o treinador o Brasil conta com grandes nomes capazes de, mesmo em um mau momento, ?fazer a diferença?.

?Tenho uma confiança enorme nesse grupo e isso foi demonstrado nas Eliminatórias. Tínhamos dúvidas se estes atletas estariam motivados a disputar a Eliminatória da maneira como foi jogada, em dois anos e meio?, contou Parreira. ?E eles provaram que estão motivados e querem. O grupo não deu dor-de-cabeça. E vale lembrar que grandes nomes pesam?.

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Mas, apesar do apoio de Parreira ao grupo atual da seleção, Dida, Cafu, Roberto Carlos e até Ronaldo precisam superar a má fase. Um diretor italiano do Milan, que pediu para não ser identificado, disse que um dos principais responsáveis pela má campanha da equipe neste temporada é o goleiro titular do Brasil. No domingo, o atleta voltou a falhar durante a vitória sobre o Parma, por 4 a 3.

Cafu também está em um momento de ostracismo. Aos 35 anos, o jogador está no banco de reservas do Milan e deixou de ser um dos principais trunfos da equipe italiana. Mas, com Parreira, o capitão da seleção tem lugar assegurado entre os titulares e a confiança para ser o responsável por liderar o time ao título de hexacampeão mundial.

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Na Espanha, dois astros do ?dream team? brasileiro, Roberto Carlos e Ronaldo, também enfrentam dificuldades. Os torcedores têm vaiado constantemente o lateral-esquerdo do Brasil.

No domingo, Roberto Carlos voltou a enfrentar as vaias, apesar de ser um dia festivo. O empate sem gols contra o Villareal, pelo Campeonato Espanhol, o transformou no jogador estrangeiro com mais partidas pelo Real Madrid. Em nove anos no clube, totalizou 330 partidas e ultrapassou o argentino Alfredo di Stéfano, atual presidente de honra do time.