“O time se desordenou e isso foi fatal”, reconhece o técnico Otacílio Gonçalves. Por isso, a partir deste momento, a estratégia é buscar uma mobilização do grupo para a partida frente ao Internacional, amanhã, em Porto Alegre. As eventuais cobranças serão mantidas intramuros e seguindo esta política, nem o treinador, nem os dirigentes revelaram o teor da reunião realizada ontem à tarde. Otacílio conversou com o presidente Enio Ribeiro e com o superintendente de futebol Ocimar Batista Bolicenho. Comentaram apenas que o encontro serviu para uma nova e detalhada avaliação do elenco e as perspectivas para as próximas rodadas do Brasileirão.
Até o jogo frente ao Guarani, a marca negativa do Tricolor era não somar pontos fora de casa. Mesmo assim, o torcedor tinha como alento os bons jogos em casa e as vitórias sobre São Caetano, Palmeiras e Flamengo. A nova derrota gerou protestos veementes dos poucos torcedores que foram ao Couto Pereira (somente 1.010 pagantes) e o presidente foi hostilizado e teve dificuldades para chegar ao vestiário após o jogo. Curiosamente, o Paraná já marcou 20 gols na competição, ficando atrás somente de Atlético-MG, São Caetano, Atlético-PR, São Paulo e Vitória, que fizeram 23.
Talvez aí resida a explicação mais simplista para a má campanha. Se o ataque está atuando, a defesa não tem a mesma eficiência. O Tricolor já levou 22 gols e está entre as mais vazadas do Nacional. Otacílio Gonçalves preferiu não antecipar se vai alterar a zaga para enfrentar o Inter, até porque convive com dificuldades. Cristiano Ávalos, que vinha sendo o principal defensor do time, está lesionado e não volta ao time antes de três semanas. Já foram utilizados Xandão, Rodrigão e Fábio Luís. Apenas o garoto Juliano (20 anos) ainda não teve uma oportunidade, após 12 jogos da equipe neste campeonato.
