Santos – Desta vez, o técnico Vanderlei Luxemburgo não ficou irritado com a pergunta sobre a possibilidade de substituir Carlos Alberto Parreira depois da Copa do Mundo no comando da seleção brasileira. Ele faz o discurso politicamente correto. ?Está todo mundo falando, está tudo muito bem: o Vanderlei vai voltar para a seleção. Só que até agora o Parreira não falou que vai sair e só vai falar depois da Copa.? E se a seleção ganhar e o treinador permanecer no cargo? Sua resposta: ?Tomara que o Parreira ganhe, que o Brasil faça uma Copa maravilhosa e ele continue até o próximo Mundial. Até lá, eu vou continuar com a dedicação de sempre?.
O que irritou Luxemburgo ontem foi a lembrança do processo que o atacante Edmundo move contra ele para receber dois cheques de mais de R$ 200 mil.
Um repórter perguntou se ele orientava os jogadores em termos de aplicação financeira. ?Procuro orientar e de tanto me preocupar, tenho dois cheques na mão de Edmundo. Eu o orientei, a pessoa que aplicou o inheiro quebrou e eu paguei do meu bolso; ele nada tem a receber, foi pago a ele, que está me processando.?
O episódio Edmundo deixou o treinador decepcionado. Aliás, ele mesmo disse que essa foi sua maior decepção em 40 anos de carreira. ?Minha maior decepção no futebol foi essa, quando ele falou que não era mais pai dele. Um pai não pode mais estar com o filho que comete uma injustiça muito grande como a que ele cometeu comigo. Nunca imaginei que o Edmundo pudesse fazer uma coisa dessas. Não devo nada a
ele e foi a maior decepção da minha vida nesses 40 anos de futebol.?
O treinador santista será julgado dia 17 pelo Tribunal de Justiça Desportiva da FPF por ofensa ao árbitro Rodrigo Cintra depois do clássico contra o São Paulo, em que Luxemburgo disse que o juiz ficou paquerando-o durante o jogo. ?O árbitro não me processou, sinal de que ele não se sentiu ofendido?, disse o treinador, explicando que não haverá problema em se defender. ?Não estou a fim de responder a isso, estou mais preocupado com o jogo contra o Brasiliense.?
