O técnico Vanderlei Luxemburgo prometeu trabalhar para conter qualquer indício de euforia no grupo do Flamengo. Com a vitória nos pênaltis sobre o Botafogo por 3 a 1, após empate por 1 a 1, a equipe se classificou para a final da Taça Guanabara – o primeiro turno do Campeonato Carioca – e é considerada a favorita para o duelo com o Boavista.
O time de Saquarema se garantiu na decisão ao eliminar o Fluminense, também com um triunfo na disputa dos pênaltis após empate por 2 a 2. “O Boavista não pediu licença e nem favor a ninguém. Temos que respeitar muito e os torcedores têm que comparecer porque é uma decisão. Vão dizer que já ganhamos, mas na prática isso não funciona”, afirmou.
Para Luxemburgo, o Flamengo conseguiu a classificação principalmente por ter tido sucesso nas jogadas aéreas do Botafogo. Assim, destacou o bom desempenho do sistema defensivo. “Marcamos as bolas aéreas e soubemos encaixar a marcação. Neutralizamos o que o adversário tinha de melhor. Eles valorizaram nossa conquista, tiveram próximos de fazer o gol depois que empataram. Conseguimos equilibrar o jogo, coloquei o Negueba nas costas do Somália e a coisa funcionou bem”, disse.
Luxemburgo também elogiou o desempenho Negueba, que entrou durante o segundo tempo, quando o a partida estava empatada por 1 a 1. O treinador garantiu não temer que o jogador de 19 anos sentisse a pressão de disputar um clássico decisivo pelo Flamengo.
“Negueba não é meio de campo. Ele é atacante. Tem facilidade para o drible, velocidade e ajuda muito nos contra-ataques. Me lembra muito o Edilson. É um jogador de muita habilidade e jovem. Aliás, os moleques de hoje em dia não estão nem aí para um clássico. Entram sem peso nenhum. E nos treinamentos também é assim. Chega no treino sacaneando até o Ronaldinho”, comentou.
Apesar de Ronaldinho Gaúcho não ter brilhado no clássico contra o Botafogo, Luxemburgo garantiu ter aprovado o desempenho do astro. O treinador destacou a disposição e a importância tática do jogador para o Flamengo no duelo.
“Ele tem muita qualidade. Pode jogar como meia ou como atacante. Dessa maneira, prende dois zagueiros. Contra o Botafogo, por exemplo, quando isso aconteceu, abriu mais espaços para o Thiago Neves e para o Negueba. Aliás, esse foi o jogo em que o Ronaldo mais correr. Até o final vimos ele se empenhando ao máximo em campo, disputando as jogada”, analisou.