Muhammad Ali, George Foreman, Joe Louis, Mike Tyson e, agora, Manny Pacquiao. Quem não acompanha as novidades do mundo do boxe, talvez não conheça este lutador filipino de 32 anos, com 1,69 de altura, que conquistou nove títulos em sete categorias distintas do esporte. Faturou mais dinheiro em um ano do que o piloto de F1 Fernando Alonso e o astro do futebol Cristiano Ronaldo.
Mas por que Pacquiao não é tão popular quanto esses esportistas? Como mostra a edição da Playboy de fevereiro, que esteve em Las Vegas para acompanhar uma luta importante de Pacquiao contra o mexicano Juan Manuel Marquez, o boxe precisa dividir as atenções do público, da mídia e dos investidores com o cada vez mais emergente UFC (Ultimate Fighting Championship), campeonato de MMA (sigla em inglês para “Artes Marciais Mistas”).
Diferente dos mitos do esporte, Emmanuel “Manny” Pacquiao – ou PacMan, como é conhecido -, não é da categoria pesopesado. Como meio-médio, seu sucesso comprova uma tendência no boxe atual e o esporte em geral. “Há 30 anos havia grandes pesos-pesados, porque a NBA e os times de futebol americano pagavam uma mixaria. Agora, eles oferecem milhões aos grandões, e é para lá que eles estão indo”, explica o nova-iorquino Robert Arum, promotor da luta acompanhada pela Playboy. Arum ainda faz uma declaração polêmica sobre a ascensão do UFC: “o MMA não passa de um esporte no qual os lutadores se assemelham a skinheads tatuados que, quando vão para o solo, se comportam como dois homossexuais fazendo sexo”.
Com publicidade e acordos com canais de TV aberta e fechada, o UFC leva vantagem. Mas falando em faturamento, principalmente para os atletas, o boxe prova que não se entregará facilmente nessa luta fora dos ringues (e octógonos). O combate entre os dois estilos ainda promete fortes emoções, afinal o boxeador filipino, que já venceu lendas como Oscar de la Hoya, Marco Barrera e Erik Morales, atrai multidões. Seja qual for o oponente da última esperança do boxe.
