Luta contra o racismo presente na decisão

A luta contra o racismo estará presente na final do Campeonato Paranaense. Ontem, na sede da Federação Paranaense de Futebol (FPF), o presidente em exercício Jorge Dib Sobrinho recebeu os representantes do Instituto Brasil e África (Ibaf), onde foi assinado um termo para o lançamento da campanha ?Racismo no esporte, também não?.

Amanhã, no Pinheirão, a entidade colocará faixas e cartazes lembrando artigos da Constituição Federal e do Código Penal que condenam o racismo. Segundo o presidente do Ibaf, Saul Dorval Filho, a intenção é informar a população sobre as leis contra o preconceito racial. ?O Brasil tem várias leis que coíbem o preconceito racial, é preciso divulgá-las para que as pessoas saibam que podem ser responsabilizadas criminalmente por atos de segregação?, disse Saul Dorval Filho.

O Código Penal Brasileiro, no artigo 2.º, diz que racismo é crime inafiançável e prevê pena de três a seis anos de prisão. O presidente em exercício da FPF, Jorge Dib Sobrinho, salientou que a adesão da entidade à campanha tem o objetivo de conscientizar e informar os clubes, desportistas, atletas e torcedores sobre suas responsabilidades no movimento de combate ao preconceito racial. ?Acredito que a divulgação das leis será muito importante para coibir os atos racistas?, completou o dirigente da federação.

No futebol vários casos de manifestações preconceituosas têm sido notícia no mundo inteiro. Para conter essa prática, o Comitê Executivo da Fifa aprovou no mês passado, uma nova regulamentação que prevê pesadas penas para atletas, clubes, federações e confederações que descumprirem a nova lei.

As federações e confederações, de acordo com a nova regra, têm a obrigação de adequar seus códigos à nova legislação, sob pena de exclusão dos campeonatos durante dois anos. Assim como as entidades, os clubes também poderão ser multados e excluídos de campeonatos pelos atos racistas de seus atletas e torcedores. Já o atleta que infringir a lei poderá ser suspenso, multado e até impedido de entrar nos estádios.

No dia 31 de março, a CBF publicou uma série de modificações no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), e entre elas, a adoção de artigos que punem duramente o preconceito racial.

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