Depois de ter sido excluída do Jogos Olímpicos de 2020, a luta sofreu grandes modificações, que foram desde se tornar mais atraente para o público até criar mais disputas femininas, e ganhou a eleição contra beisebol/softbol e squash para ser modalidade olímpica em 2020 e 2024. Renovada, a modalidade comemorou a conquista deste domingo, durante a assembleia do COI (Comitê Olímpico Internacional) em Buenos Aires.
“Hoje é o dia mais importante dos 2 mil anos de história do nosso esporte. Sentimos que fizemos história. Permanecer nos programa olímpico é crucial para a sobrevivência da luta. Cometemos erros – nós admitimos -, mas decidimos ouvir e aprender”, comentou o presidente da Fila (Federação Internacional de Luta), Nenad Lalovic.
A modalidade foi exaltada pelo COI depois de conseguir voltar ao programa. “A luta representa a tradição dos Jogos Olímpicos e o programa olímpico sempre balanceou tradição e progresso. A luta é o pilar da nossa história e representa tradição como nenhum outro esporte”, disse o vice-presidente do COI, o alemão Thomas Bach.
“A luta mostrou muita paixão e flexibilidade nos últimos meses. Eles deram muitos passos no sentido de modernizar e melhor o esporte, incluindo a decisão de adicionar mais mulheres e atletas em cargos decisórios. Mudaram regras para deixar o esporte mais empolgante e fácil de ser entendido, além de terem aumentado o número de disputas femininas. Por isso estamos felizes de ter a luta de volta”, elogiou o presidente do COI, Jacques Rogge.
Já as modalidades derrotadas mostraram-se frustradas. “Queremos dar a cada pequeno menino e menina no mundo a chance de jogar nosso jogo. Mas sinto como se eu tivesse tirado isso deles. Me desculpem”, lamentou o copresidente da Federação Mundial de Beisebol e Softbol, Don Porter.
Já o squash teve um discurso mais otimista. “A decisão de hoje é uma dor no coração para milhões de jogadores de squash no mundo, particularmente aqueles que participaram dos 10 anos de campanha para entrarmos no programa olímpico. Acreditamos que o squash oferece muito para o futuro e ainda tenho esperanças que a inclusão possa ser possível”, afirmou N. Ramachandran, presidente da Federação Internacional de Squash.