A Confederação Brasileira de Hipismo confirmou nesta segunda-feira a vaga olímpica para Luiza Tavares de Almeida no adestramento. A brasileira, montando Samba, assegurou o posto de melhor das Américas do Sul e Central no ranking mundial e, com isso, a classificação para a sua segunda Olimpíada ao vencer o Grand Prix Freestyle realizado no domingo em São Paulo.
Luiza entrou para a história nos Jogos Olímpicos em Pequim. Na ocasião com 16 anos, ela se tornou a mais jovem atleta do hipismo a competir numa edição olímpica. Agora aos 20 anos, ela será a única representante do País no adestramento. Nas demais modalidades do hipismo (CCE e saltos), o Brasil levará equipe completa, totalizando dez atletas na delegação.
Por mais que a CBH já dê como certa a vaga olímpica para Luiza, falta ainda a confirmação por parte da Federação Equestre Internacional (FEI), que ainda não atualizou seu ranking, o que fará apenas no início do mês de março – o prazo limite para obtenção de pontos é 29 de fevereiro.
Luiza só tinha uma adversária na disputa olímpica, a dominicana Ivonne Losos de Muniz, que buscava seus índices em provas nos Estados Unidos. Enquanto Luiza competia no Brasil, a CBH monitorava o desempenho de Losos. No sábado, a amazona da República Dominicana passou a brasileira, com uma média final 70,500%. No domingo, porém, Luiza conseguiu reverter o quadro e cravou 71,325% com Samba, no Clube Hípico de Santo Amaro.
As seis seletivas olímpicas em busca da vaga latino-americana foram realizadas a partir de novembro do ano passado, após os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. O Brasil, por não ter ido ao pódio em Guadalajara (ficou num decepcionante quinto lugar), não conquistou o direito de, assim como em Pequim, levar uma equipe completa. Naquela ocasião, na China, Luiza terminou como 40.ª colocada.