A mudança no esquema tático vai exigir maior atenção de todos. Até mesmo do goleiro Juninho, que em muitos momentos poderá virar uma espécie de líbero. “Você tem que estar ligado para encurtar os espaços. Se não temos o zagueiro da sobra, onde antes estava o Irineu, tenho que estar ligado para sair rápido da meta”, comentou o camisa 1.
Juninho entende que a mudança no comando técnico deu uma “chacoalhada” no grupo. “Isso sempre ocorre. Aqueles que não estão sendo utilizados, correm mais pra mostrar serviço. Quem está jogando, tem que se espertar também”, disse o goleiro.
Um dos jogadores mais regulares do grupo, ele sabe que a imagem de todos ficou arranhada após a goleada para a Portuguesa. “Não imaginamos que chegaríamos a correr riscos de rebaixamento. Então, o jeito é correr atrás e reagir enquanto é tempo”.
Além da mudança tática, a chegada de Cavalo definiu algumas mudanças significativas no time. Murilo e Rodrigo Pimpão, recuperados de lesões, retornaram ao natural. Outra mudança é emblemática: Luiz Camargo, que Cavalo conhece desde o ano passado, volta a ser titular do time.
Pior para Serginho Catarinense, que desta vez sequer foi relacionado para o banco de reservas. “Tínhamos um meio-campo bem equilibrado no ano passado, com o Adorinan, o Camargo e o João Paulo. Sei do potencial do Camargo e por isso ele será titular”, atestou o treinador.
O jogador recusou-se a ser reserva contra a Portuguesa, na rodada anterior, e não viajou. A rebeldia dividiu o elenco e ajudou na queda do técnico Marcelo Oliveira.
Outro sinal claro de novos tempos fica por conta da presença de Edimar no banco. O volante, que já chegou a ser colocado em disponibilidade no clube, retorna como imediato da posição.
“Ele é um marcador incansável, com muito pulmão”, elogiou Cavalo, que no apronto chegou a utilizá-lo na equipe principal, quando optou por um meio-campo mais “pegador”.