A vida segue. Após várias reuniões, não se definiu ainda qual será o futuro de Luís Mário.
O “Papa-léguas” tem pelo menos duas propostas, do Vitória de Guimarães e do Olympique de Marselha, mas deixou para o procurador Keith Losov a incumbência de receber e avaliar as sondagens. E foi Losov quem se reuniu com a diretoria coxa na noite de ontem.
Na conversa com o presidente Giovani Gionédis e o vice Domingos Moro, o procurador apresentou as propostas recebidas pelo atacante. “Nós tivemos uma conversa muito civilizada, e ambos os lados mostraram suas posições”, comenta Moro. Os comandantes alviverdes deixaram claro que não vão competir com propostas do exterior.
Mas como nenhuma delas se concretizou ao ponto de convencer o “Papa-léguas”, fica tudo como está. “Por enquanto, nada muda. O Luís permanece no Coritiba, joga normalmente e nós contamos com a permanência dele no clube”, diz o vice-presidente. Da mesma forma, mantém-se o acordo do contrato, que prevê a liberação do jogador caso ele aceite uma proposta de fora do Brasil.
Se fosse apenas o interesse dos clubes portugueses, Luís Mário ficaria no Alto da Glória. As propostas que recebeu foram consideradas baixas. E, segundo jornalistas da Terrinha, faltaria principalmente ao time de Guimarães lastro financeiro para fazer investimentos mais altos.
Além da parte financeira, havia o lado de projeção. Os times de Portugal não são ?top de linha?, o que diminuía o poder de sedução para o atacante. Mas o interesse do Olympique é diferente. “Quem é que não quer jogar no futebol francês, ainda mais no Olympique?”, questiona Luís.
Ele soube do interesse dos franceses de forma inusitada. “Eu estava jantando com minha família, quando encontrei os empresários ligados ao Olympique. Fiquei feliz ao saber, mas disse a eles que não iria negociar, e sim meu procurador”, conta. Os emissários assistiram a dois jogos do Cori, contra São Caetano e Grêmio, e acabaram se interessando pelo atacante coxa.
Só que Luís Mário não quer mais falar sobre esses assuntos. “Acho que não é legal ficar comentando, porque involuntariamente eu acabo ficando envolvido com essa história. E como eu respeito o Coritiba, eu vou ficar apenas focado no clube”, garante o atacante.
Lopes confirma o mesmo time
O técnico Antônio Lopes comandou ontem o primeiro coletivo da semana do clássico contra o Paraná, sábado, às 16h, no Couto Pereira. E, como se pensava, ele já deu a tendência de escalação da equipe. Sem mistérios – o treinador montou o onze titular com os mesmos jogadores usados contra o Grêmio, incluindo Ricardo no meio-campo. E deverá ser assim que o Coxa entrará em campo para o seu segundo clássico no campeonato brasileiro.
Apesar da atuação discreta de Ricardo no primeiro tempo da partida de Porto Alegre (tanto que foi substituído por Josafá no intervalo), e do bom rendimento de Rodrigo Batata, um dos ?autores intelectuais? do gol de Luís Carlos Capixaba, Antônio Lopes preferiu não mexer.
Também há a questão tática. Com Ricardo em campo, Adriano tem – em tese – um companheiro mais efetivo nas jogadas pela esquerda. Lopes também aposta na evolução do lateral improvisado, que jogou pela primeira vez como armador.
De resto, os mesmos titulares, incluindo os lesionados Reginaldo Nascimento e Roberto Brum (ambos reclamando de pancadas sofridas no Olímpico), que voltaram apenas ontem a treinar normalmente. Com isso, o Coxa para o clássico conta com Fernando; Rafinha, Miranda, Nascimento e Adriano; Ataliba, Roberto Brum, Luís Carlos Capixaba e Ricardo; Luís Mário e Tuta.
À venda 20 mil ingressos para sábado
Por enquanto, não tem volta. O Coritiba iniciou a venda de ingressos para o clássico colocando vinte mil entradas à disposição dos torcedores – e, por conseqüência (e pelo regulamento do campeonato brasileiro), apenas dois mil para os paranistas. A única chance de aumentar a carga tricolor é com a venda total dos ingressos.
Segundo a direção alviverde, a definição da carga é fruto de uma prévia. “Nós fizemos uma previsão do público que deve ir ao estádio e colocamos os ingressos à venda”, explica o vice-presidente Domingos Moro, que confirma a possibilidade de carga extra. “Claro que se a procura for muito grande, nós temos um número suplementar”, diz ele, ressalvando que os torcedores do Paraná terão direito aos mesmos 10% desses ingressos.
Os preços são os seguintes: arquibancadas, R$ 15,00; cadeiras, R$ 20,00; sociais, R$ 50,00. Menores de 12 anos, maiores de 60, estudantes, mulheres e participantes do projeto Torcedor Camisa 12 pagam meio ingresso. A venda acontece no Couto Pereira, nas lojas do Coxa nos shoppings Total e Cidade, nas lojas Alfaluz e Trio de Ferro, na Loteria Prêmio, na Panificadora Réus e nas sedes do Paraná Clube. Os torcedores tricolores não terão ingressos à venda no Alto da Glória no sábado.
