Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, com Odílio Rodrigues de vice, pela chapa 2 – Crescendo 100 Parar – foi reeleito neste sábado para presidir o Santos nos próximos três anos, ao derrotar o oposicionista Reinaldo Guerreiro, da Santos Sempre Santos, por 3.365 votos (87%) a 503 (13%). O pleito ainda teve 12 votos nulos e nove em branco, com o total de 3.889 votos, dos quais 838 foram computados na votação realizada na sede da Federação Paulista de Futebol (838 a 32 para o candidato da situação).
O resultado foi divulgado meia hora depois do encerramento da votação e o presidente da Assembleia Geral, André de Fazio, empossou os eleitos. Como a oposição não atingiu o mínimo de 20% dos votos, os 285 novos conselheiros são todos da chapa do presidente Luis Alvaro.
“O clube passa a ser dirigido com o princípio de governanças, graças à formação gestão de sete integrantes, com profissionais do mercado e que serão cobrados por objetos”, disse o presidente reeleito.
A eleição começou às 10 horas, tanto no Salão de Mármore da Vila Belmiro como na sede da FPF, com a presença de Luis Alvaro. As duas principais forças políticas santistas do momento, o atual presidente e o ex, Marcelo Teixeira, votaram no começo da tarde. O primeiro foi Teixeira, que chegou acompanhado de familiares. Seu pai, Milton Teixeira, não pôde votar porque a secretaria do clube não registra o pagamento da manutenção da sua cadeira cativa na Vila Belmiro nos dois últimos
meses.
Luis Alvaro e Marcelo se abraçaram, lembrando que são amigos há mais de 20 anos, apesar de estarem em campos opostos na política do clube. “Sucesso e boa sorte, Luís. Você é Santos”, desejou Teixeira ao presidente, ao se retirar do recinto. Guerreiro votou no período da manhã e permaneceu por pouco tempo no Salão de Mármore. A sua esperança era conseguir pelo menos 20% dos votos para dividir proporcionalmente o conselho com a situação e aumentar suas possibilidades de vitória nos futuros pleitos. “A semente está plantada”, resignou-se o candidato
derrotado, logo após cumprimentar o adversário.
Como não houve debate nos dias que antecederam as eleições e Teixeira desistiu de lançar candidato, a situação chegou a temer por um elevado número abstenções, mas o comparecimento de sócios para votar superou ao do pleito anterior, com 3.024 votos (1882 para Luis Alvaro, 1129 para Teixeira, um em branco e 12 nulos).
E, mesmo sem concorrer com um adversário forte, em nenhum momento Luis Álvaro deu como certa a sua vitória, tanto que trabalhou intensamente para, a duas semanas das eleições, garantir Neymar, o seu pai e a sua assessoria a desistirem da transferência para o Real Madrid, a princípio até a Copa de 2014. “Só eu sei o que sofri para convencer o pai de Neymar a desistir do cheque de 20 milhões de euros que ele tinha em mãos”, discursou o presidente na reunião do Conselho Deliberativo, segunda-feira passada.
Em seguida, Laor, como é conhecido o dirigente que em dois anos de mandato conquistou dois títulos do Campeonato Paulista, ganhou a Copa do Brasil e a Copa Libertadores da América, 48 anos depois do bi da geração de Pelé, no começo da década de 60 do século passado, anunciou mais uma contratação de impacto: Pelé. O astro vai ser o garoto-propaganda para ajudar o Santos a atingir a meta de 100 mil sócios nos dois próximos anos. No primeiro mandato de Luis Alvaro, o clube registrou o aumento de 23 mil associados. E, na véspera da eleição, a sua última cartada para evitar surpresas nas urnas foi a antecipação da renovação do contrato de Muricy Ramalho, que vai ficar no clube até dezembro de 2012.