Acostumado a dar alegrias à torcida
tricolor, Lúcio agora quer alegrar
os torcedores alviverdes.

Ele sabia que iria passar por isso. Desde o momento em que assinou com o Coritiba, Lúcio Flávio sabia que seria a figura emblemática do clássico com o Paraná, por tudo o que ele representou no seu ex-clube (ao qual ainda pertence) e pela responsabilidade que lhe foi depositada quando acertou com seu atual time. Por isso, Lúcio sabe que será avaliado, analisado, testado – pela imprensa, pelos coxas e pelos paranistas.

Tudo começou quando ele assinou contrato com o Cori. “Nem precisei ver. O Ney (Santos, procurador) e todos que estavam comigo já procuraram na tabela quando seria a partida do Coritiba contra o Paraná”, conta o armador alviverde. Era natural – afinal, a negociação dele foi a mais comentada da temporada, e a reação dele ao jogo também é muito esperada.

Pois bem, chegou a hora -16h de amanhã, no Alto da Glória. Foi justamente lá que ele participou de um dos mais marcantes clássicos da história de Coritiba e Paraná. A partida valia pelo campeonato paranaense e o Cori estava se classificando com uma vitória por 2 a 0 até os 48 minutos do segundo tempo. Foi aí que Lúcio, vestindo a camisa 10 tricolor, cobrou uma falta na cabeça de Fernando Miguel (hoje no Cruzeiro), que fez o gol que classificou a equipe para a decisão contra o Atlético.

Agora, o lado de Lúcio é verde e branco. “Tenho que pensar na necessidade que o Coritiba tem, já que precisamos de resultados positivos nos jogos que restam”, diz, diplomático. Mas ele, mesmo mantendo a serenidade, confessa que será pressionado. “Da forma que fui contratado pelo Coritiba, sei que todos estão esperando muito de mim. E também sei que serei ?vigiado? pelos torcedores do Paraná”, afirma.

Será a terceira vez que o meio-campista jogará contra o Paraná – nas outras, a pressão não era grande: pelo Maringá, em 97, e pelo Internacional, em 99. “Tenho consciência que a história é outra. Nunca enfrentei o Paraná em uma partida de tamanha importância”, diz. Mas ele espera que o lado dele – quer dizer, o Coritiba – saia de campo vencedor. “Não vou comemorar de forma diferente ou fazer algo especial. Para mim, o importante é o Coritiba ganhar”, garante.

Confrontos

Em campeonatos brasileiros, Coritiba e Paraná se enfrentaram apenas sete vezes. A vantagem é alviverde, com duas vitórias contra uma tricolor, e quatro empates.

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