O judoca Luciano Corrêa conta com uma motivação extra para buscar a vaga olímpica e sonhar com o pódio nos Jogos do Rio de Janeiro, no próximo ano: a namorada Joanna Maranhão. A nadadora já garantiu presença na grande competição e agora está na torcida para ter a companhia de Corrêa na Olimpíada.

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“É uma motivação a mais porque no judô a vaga ainda não está definida. Então, para mim, saber que ela tá lá é uma motivação e uma ‘responsa'”, diz o judoca da categoria até 100kg. “Ela até falou pra mim: ‘Agora você tem que estar lá também, hein’. Estou correndo atrás e ela me motiva a cada dia.”

O impulso extra da namorada deve ser essencial para Corrêa porque ele ainda precisa de pontos no ranking para deixar o compatriota Rafael Buzacarini para trás e selar sua classificação. Por enquanto o veterano lidera a briga por ocupar o 16º lugar do ranking olímpico. Buzacarini é o 25º.

A definição da vaga, segundo a Confederação Brasileira de Judô (CBJ), não dependerá apenas do ranking. A entidade vai levar em conta também a experiência dos judocas e o momento vivido por cada um às vésperas dos Jogos Olímpicos. No quesito experiência, Corrêa também leva vantagem. Aos 33 anos, tem um título mundial, conquistado no Rio, em 2007, e uma medalha de bronze obtida no Mundial de 2005.

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“Tenho certeza de que essa categoria está muito acirrada. A disputa final será nas primeiras três etapas do ano, na Europa. Já começamos em janeiro”, diz, já projetando a temporada, que terá início com o Grand Prix de Havana, em Cuba, entre os dias 22 e 24 do próximo mês. Em seguida, a principal competição será o Grand Slam de Paris, em 6 e 7 de fevereiro. “Tem que pensar passo a passo. Não adianta pensar nos Jogos Olímpicos sem pensar primeiro na vaga.”

Corrêa e Buzacarini devem disputar ponto a ponto estas grandes competições em busca de uma posição melhor no ranking. O dono da vaga olímpica só será conhecido no fim de maio, quando a CBJ vai anunciar os classificados. Até lá, Corrêa espera uma disputa “sadia” com o compatriota.

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“É uma relação bem sadia. Uma coisa gostosa no judô é o respeito pelo adversário. A gente viaja junto, todo mundo é amigo. Claro que no tatame todo mundo dá o seu melhor. Mas, se tiver que lutar um contra o outro, tem o respeito. E até lá é pensar em pontuar em todas as disputas”, comenta.

Se sacramentar a vaga, Corrêa vai se aposentar ao fim dos Jogos Olímpicos, selando sua carreira com três participações em Olimpíadas. Uma a menos que a namorada Joanna Maranhão, que vai para a quarta participação olímpica. O judoca diz não se importar com a “derrota” em casa e até brinca com a proximidade do fim da carreira. “Ela tá na frente e vai continuar assim, porque não tem como ir mais quatro anos”, afirma o judoca, entre risos.