Pascual Perez, Carlos Monzón, Nicolino Locche, Horacio Accavallo e Jorge Castro foram alguns dos 39 campeões mundiais que orgulham o boxe argentino. Na atualidade, os “hermanos” somam cinco: o supermosca Omar Narvaez, o mosca Juan Carlos Reveco, o médio Sergio Martinez, o pena Jose Cuellar e o meio-médio-ligeiro Lucas Mathysse, apontado como o melhor pugilista argentino da atualidade e campeão interino dos meio-médios, versão Conselho Mundial de Boxe (CMB).
“A Máquina”, como Lucas Mathysse é conhecido, fará a preliminar da luta entre Floyd Mayweather e Saul Canelo Alvarez, neste sábado, em Las Vegas (EUA). Diante do norte-americano Danny Garcia, estarão em jogo os títulos do pugilista dos Estados Unidos do CMB e da Associação Mundial de Boxe (AMB).
“Tenho muito respeito por Garcia, é um grande campeão, mas ele jamais enfrentou alguém com a minha pegada”, disse Matthysse, completa 31 anos no dia 27. “Ele tem uma direita de peso pesado”, exagerou o veterano campeão Bernard Hopkins. Das 34 vitórias do argentino, 32 foram por nocaute.
Os jornalistas argentinos que estão em Las Vegas consideram que uma vitória de Matthysse será a mais importante do boxe argentino em todos os tempos. “Será uma repercussão incrível, pois é a preliminar de Mayweather e Canelo”, disse Carlos Irusta.
“A Máquina” não gosta de falar das duas derrotas sofridas por pontos, frente a Zab Judah e Devon Alexander, quando foi nitidamente melhor no combate. “Por isso, tenho de entrar sempre procurando o nocaute. Assim não dependo da opinião de ninguém”, explicou.
Mas o trabalho de Matthysse não será fácil. Danny Garcia, de 25 anos, gosta da luta aberta e possui uma esquerda, em gancho, mortal, que aniquilou ex-campeões como Erik Morales e Amir Khan. “Estou pronto para somar mais uma vitória”, disse o norte-americano, invicto em 26 lutas. Seu pai, Angel, foi agressivo. “Esses americanitos querem vir aqui nos Estados Unidos e levar o título para a Argentina. Pois voltem para casa de mãos vazias”, provocou.