Löw diz que retrospecto ruim da Alemanha não vai interferir no duelo com a Itália

O técnico da Alemanha, Joachim Löw, garantiu nesta terça-feira que todos os fracassos anteriores da seleção do seu país em vencer a Itália em partidas por competições oficiais não terão peso para o confronto do próximo sábado pelas quartas de final da Eurocopa.

“Nós não temos nenhum trauma com a Itália, porque é uma equipe diferente agora e há sempre diferentes fatores em jogo”, disse Löw, em Evian-les-Bains, base da seleção alemã durante a Eurocopa. “Então acho que nada dessas coisas são carregadas do passado. Isso é café frio, prefiro um expresso. Nós temos que ter certeza de que o gosto será bom no sábado”, acrescentou.

A maior decepção de Löw em dez anos no comando da Alemanha veio em 2012, quando Mario Balotelli marcou duas vezes e definiu o triunfo da Itália por 2 a 1, em Varsóvia, pelas semifinais da Eurocopa. Essa derrota ainda está na memória do treinador, mesmo que ele tenha conduzido a seleção ao título da Copa do Mundo em 2014, no Brasil.

“Como treinador eu pensei sobre isso. O que aconteceu? Que erros foram cometidos? E para mim, pessoalmente, essa derrota, que foi dolorosa, que me machucou muito, me ajudou em 2014, com certas decisões no torneio. Você pode sempre cometer um erro como um jogador ou um treinador. Foi uma boa lição para mim”, disse.

Löw disse que tinha elaborado um plano tático para minimizar a influência de Andrea Pirlo no jogo há quatro anos. “O plano não deu certo e eu tenho que assumir a responsabilidade por isso. Naquele dia, não consegui o desempenho que se exigia. Eu acho que em retrospectiva isso nos ajudou em 2014”, comentou.

Ele também esteve presente como assistente técnico de Jurgen Klinsmann quando a Itália bateu a Alemanha em sua casa nas semifinais da Copa do Mundo de 2006, na prorrogação, com gols de Fabio Grosso e Alessandro Del Piero.

Dos oito encontros entre as seleções em torneios, começando com um empate sem gols na Copa do Mundo de 1962 no Chile, a Alemanha não venceu nenhum. Mas Löw acredita que o jogo de sábado, em Bordeaux, “será muito apertado e o resultado está relativamente aberto”.

A Alemanha pode levar como uma esperança a goleada de 4 a 1 sobre a Itália em amistoso disputado em Munique em 29 de março. Foi a mais larga vitória da seleção alemã sobre a sua rival e a primeira em mais de 20 anos.

“Nós não temos medo da Itália. Nós temos confiança em nossos próprios níveis de desempenho e se o colocarmos em campo, temos boas chances de ganhar o jogo”, disse Löw. “A Itália está em um nível elevado, com jogadores experientes. Eles têm uma defesa da Juventus que vem jogando junta por muito tempo, eles se conhecem muito. Vai ser difícil”.

A Itália impressionou pelo desempenho apresentado para eliminar a bicampeã Espanha com uma vitória por 2 a 0 na última segunda-feira. Löw disse que não ficou surpreso com a evolução apresentada pela equipe e avaliou que o potencial dos adversários foi subestimado antes da Eurocopa.

“Ninguém acreditava nos italianos. Eu sabia que eles tinham qualidades e pontos fortes. As pessoas diziam que os italianos eram muito velhos, que os italianos são valorizadas apenas por sua defesa. A verdade é diferente. Eles têm uma equipe construída na experiência, e com base na defesa. Essas são as bases para ganhar um torneio, mas você também tem que marcar gols no ataque. Agora eles podem fazer isso também”, disse.

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