O técnico Lori Sandri, ao que tudo indica, terá um maior número de opções para o jogo frente ao Brasiliense, no domingo (16h), em Taguatinga. Se não houver imprevistos, vários jogadores em fase final de recuperação de lesões estarão à disposição da comissão técnica. São os casos de André Dias, Renaldo e Parral. Destes, André Dias tem mais chances de ser utilizado no fim-de-semana, quando o Tricolor defende uma invencibilidade de quatro jogos no brasileirão.
"Os três estão sendo liberados para os trabalhos físicos. Os testes é que vão dizer quando poderão ser aproveitados", comentou o médico Rafael Kleinschmidt. O lateral-direito Parral, que se submeteu à uma artroscopia no joelho esquerdo, precisará de aproximadamente duas semanas para melhorar o condicionamento físico. Como haverá um espaço de quinze dias entre 6.ª e 7.ª rodadas – devido aos jogos da seleção brasileira – o ala deve estar à disposição de Lori para o jogo contra o Fortaleza, no dia 11 de junho.
André Dias, recuperado de uma contratura muscular, já treinou no domingo e é uma opção ofensiva já para a próxima partida. Outro reforço para o ataque pode ser a volta de Renaldo. Fora dos dois últimos jogos devido à uma tendinite, o artilheiro não vê a hora de voltar aos treinos. "Essa história de ficar no departamento médico não é prá mim, não", disse. Como o próprio Renaldo deixou claro que só voltaria quando estivesse 100% fisicamente, é provável que o atacante não enfrente o Brasiliense, aproveitando as próximas semanas para aprimorar a condição física.
Principalmente depois da atuação de Wellington Paulista frente à Ponte Preta. "Sabia do seu potencial. Só que ele precisava se soltar, pois se estava mal, o problema era emocional e não técnico", comentou Lori Sandri, logo após a partida. Wellington fez a assistência para o gol de Borges, deu trabalho ao goleiro Mário Aranha com um chute de fora da área (de canhota) e ainda fez um gol, erroneamente anulado pela arbitragem. Seria o primeiro gol de Wellington com a camisa tricolor, após mais de um ano no clube.
Lori Sandri terá, ainda, a volta de Neto à lateral-direita após cumprir suspensão. O único problema está na zaga, com a lesão de Daniel Marques, ocorrida no segundo tempo do jogo contra a Ponte Preta. "Ele se submeteu à uma ecografia nesta segunda-feira e será reavaliado durante a semana. O exame é apenas para um diagnóstico mais preciso", disse o médico Rafael Kleischmidt. Daniel Marques disse ontem que a dor diminuiu sensivelmente e está confiante na total recuperação até o próximo domingo.
Outro passo rumo à ?casa propria?
O Paraná Clube já concluiu o documento que traça um longo histórico da briga judicial com a extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA) pela posse da Vila Capanema. A papelada, dirigida ao governo federal, é uma espécie de apresentação oficial da proposta do clube, que pretende encerrar o processo e obter a posse definitiva do estádio.
O histórico foi escrito pelo advogado do clube, Márcio Nóbrega, e passa pelo crivo da diretoria – segundo o presidente José Carlos de Miranda, o documento deve ser aprovado internamente sem restrições. A cúpula tricolor pretende entregá-lo ainda esta semana ao superintendente do escritório regional da RFFSA, Ruy Alberto Zibetti, que gerencia o patrimônio da antiga estatal, no Sul do País.
Em reuniões anteriores, Zibetti sinalizou a intenção de um acordo amigável para o processo – fato que empolgou a diretoria tricolor. Uma vez com o documento em mãos, o superintendente deve intermediar uma audiência entre o clube, a Secretaria de Patrimônio da União (SGU) e a Advocacia Geral da União – que herdou todos os processos da Rede.
Segundo o professor Miranda, o clube também deve negociar com o Ministério dos Transportes, a quem caberá gerir a malha ferroviária da antiga estatal. ?O Ministério poderá fazer algumas exigências, como o pagamento de uma indenização. Embora não concordemos, isso até poderá ser feito para abreviar o processo?, antecipou o presidente. O Paraná já tem na manga um projeto para modernizar a Vila Capanema e ampliar sua capacidade para 20 mil lugares. Os custos seriam bancados por investidores, que em troca, explorariam comercialmente o estádio e os arredores por determinado período.
Obras
Mesmo antes do fim do processo, o Paraná já promove melhorias no Durival Britto. Na última quinta-feira, a diretoria concluiu as reformas nos alojamentos, nas salas de vídeo, de recreação e nos refeitórios do estádio. A obra foi orçada em R$ 100 mil, segundo Miranda. O próximo passo é equipar os quartos com computadores com acesso à internet. ?Isso vai possibilitar a criação de parceiras internacionais?, disse o presidente, revelando que o clube planeja ceder as instalações a clubes de outros países.
Novo meia de criação deve ser anunciado hoje
A cada rodada que passa -principalmente nos jogos em casa – se evidencia a carência de criatividade no time do Paraná. Não é para menos. Afinal, há, no atual elenco, apenas um especialista para este setor. Em Thiago Neves foram depositadas todas as esperanças neste início de competição, enquanto novas contratações não são efetivadas. A partir da 7.ª rodada, ao que tudo indica, este problema será solucionado.
O meia Maicossuel, do Atlético Sorocaba, está praticamente acertado. Por mais que a diretoria e os empresários da LA Sports desviem o assunto. ?Estamos trabalhando com três nomes?, disse Luiz Alberto Martins de Oliveira. ?Um deve ser apresentado ainda esta semana?, afirmou. Como ficou tudo acertado com o procurador de Maicossuel – o ex-atacante do São Paulo, Lê – a transação deve ser concluída ainda hoje, com o aval da diretoria do clube paulista.
Paralelamente a isso, outro meia está sendo contatado, mas este nome está sendo mantido em sigilo. Isso sem descartar Joelson, do Ituano, apesar das exigências feitas por Oliveira Júnior, ?dono? do time de Itu. ?Não desisti desse jogador. Está difícil, mas enquanto a porta não se fechar, vou continuar insistindo?, disse Vavá. O dirigente desmentiu boatos sobre uma possível volta de Cristian.
?Não é jogador para o nosso atual perfil?, comentou Durval Ribeiro. ?Estamos procurando jogadores desconhecidos e de bom potencial, que ao término da temporada possam dar retorno financeiro ao clube?, justificou. Nesse mesmo quadro se encaixaria o meia Adrianinho, ex-Ponte Preta e atualmente no Flamengo. O atleta, que pertence ao empresário Márcio Rivellino, também foi oferecido ao Tricolor. Porém, seria um atleta caro para um setor onde o time já conta com Thiago Neves. A pretensão é trazer mais um meia-esquerda, mas para compor o elenco.