Lori Sandri mantém o time para domingo

Em time que está ganhando não se mexe. E Lori Paulo Sandri sabe muito bem disso. Por isso, ele deve manter a mesma equipe titular que derrotou o Engenheiro Beltrão na quarta-feira para a partida de domingo, contra o União, em Bandeirantes. A exceção pode ser a escalação de Flávio no gol, já que ele está plenamente recuperado da contusão que o tirou dos últimos jogos.

A manutenção dos titulares, no entanto, não tem necessariamente a ver com uma avaliação 100% positiva do desempenho da equipe no último jogo. Na verdade, o treinador reconheceu que o time teve muitas falhas apesar da vitória, mas quer definir uma base para o tricolor. "O Paraná precisa ter uma base para eventuais mexidas forçadas. Com uma base formada, o time ganha conjunto e com conjunto, o toque de bola aparece", disse o treinador.

Aliás, a manutenção dos mesmo titulares tem muito a ver com o desejo de Lori de acostumar o time a jogar no 3-5-2, o esquema tático eleito para o decorrer do campeonato paranaense sob o seu comando. "Eu gostei do time nesse esquema, mas ainda há muito o que fazer. Os três zagueiros precisam melhorar a saída de bola, porque saindo mal, damos chance de contra-ataques", alertou.

Sobre os alas, Alex pela direita e Vicente pela esquerda, ele cobrará ainda mais jogadas de apoio e cruzamentos para a área. "É uma questão de treinamento, tempo e adaptação." Pelas características, os dois atletas ganharam a condição de titular. Aliás, Alex foi um dos destaques positivos do time na goleada contra o Engenheiro, ao lado de Thiago Neves.

No entanto, Lori alerta que não se deve jogar o peso todo da equipe nas costas da garotada, recém-promovida dos juniores. "Eles foram importantes, mas eles não vão resolver sozinhos. A experiência dos jogadores mais canchados será fundamental para se ter um time equilibrado. É isso que estamos buscando."

Assim como Lori, os jogadores reconhecem que não dá para se iludir. "É claro que a vitória nos dá uma tranqüilidade maior. Desencantamos. Mas tivemos dificuldades e temos que aprender a superá-las."

O volante Goiano, que classificou a vitória como um divisor de águas, assina embaixo. "A gente recuperou a tranqüilidade para trabalhar, mas temos muito o que melhorar."

Thiago Neves, o meia que estava pronto

Thiago Neves foi o destaque
da partida de anteontem.

Chega a ser irônico. A grande reclamação do técnico Paulo Campos, que deixou o Paraná Clube há duas semanas, era o fato de não ter um meia eficiente na ligação com o ataque. E a solução estava mais próxima do que ele imaginava. Só precisava de um pouco mais de tempo.

O meia Thiago Neves, de 19 anos, até teve a primeira oportunidade sob a batuta de Paulo Campos, mas o ex-treinador não teve tempo de confirmar as qualidades do garoto. Thiago estreou no decorrer da fatídica partida contra a Adap, quando a queda do treinador foi delineada. "Foi meu primeiro jogo e entrei no decorrer. Acredito que ele não tenha me dado uma oportunidade antes porque não me conhecia direito. Afinal, quando começou o estadual eu estava na Copa São Paulo."

Azar de Campos, sorte de Lori, que precisou de apenas um treino para dar a Thiago a camisa 10 do Paraná. E ela coube nele direitinho. Na goleada por 4 a 2 contra o Engenheiro, ele participou de dois gols e deixou um no gol de Júnior. "Foi muito bom iniciar uma partida correspondendo. Mas não me acho dono da camisa 10. Não adianta fazer apenas um bom jogo. Tem que jogar bem sempre", diz, obstinado. Entretanto, ele reconhece que a boa participação e o primeiro gol como profissional do Paraná até tirou-lhe o sono. "Foi uma insônia boa. Fiquei recordando o lance, passo a passo." O gol acabou valendo como presente antecipado de aniversário, já que ele completa vinte anos justamente no domingo, quando o Paraná entra em campo contra o União Bandeirante, em Bandeirantes.

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