Lori Sandri já começa com problemas

O técnico Lori Sandri ganhou um problema para o jogo do domingo – às 16h, no Durival Britto ? frente ao Juventude. Em sua reestréia no comando do Paraná Clube, o treinador dificilmente poderá contar com o capitão Beto. Independente de desfalques, o objetivo do Tricolor é pôr um fim ao jejum de vitórias e conseqüentemente se afastar da zona de rebaixamento. Com sua política pés no chão, Lori prefere só falar de planos mais ambiciosos após garantir um salto na tabela de classificação.

Um processo utilizado com relativo sucesso em temporadas passadas, quando o clube conviveu seguidamente com o rótulo de ?favorito ao descenso?. Na atual temporada, reflexo de sua participação na última edição da Libertadores, o Paraná passou a ser visto com ?outros olhos?. Não vinha sendo mais apontado como clube fadado à degola, ainda mais após o início de temporada animador. Foi líder na terceira rodada e se manteve entre os quatro melhores da competição até a 9.ª volta. Mesmo tendo caído na rodada seguinte, logo se reabilitou e na 13.ª rodada estava outra vez na vice-liderança.

Só que a partir daí, o Tricolor pagou o alto preço pelas sucessivas trocas no comando técnico, algo que a diretoria reconhece e espera estar corrigindo com Lori Sandri, que chegou para conduzir o Paraná até a última rodada deste Brasileirão. Visto como um treinador caro para os padrões do clube – que nos últimos anos se notabilizou por projetar jovens treinadores no cenário nacional – Lori Sandri conta com uma larga experiência, que será colocada à prova nesta missão de recuperação emocional e técnica do time.

O primeiro passo de Lori foi a escalação do garoto Éverton no meio-de-campo. Os recentes tropeços evidenciaram a dificuldade do Tricolor no setor de armação. O recém-contratado Rodrigo, 31 anos ? que chegou a ficar no banco de reservas em Porto Alegre -, ainda não está em plena forma física e durante a semana se queixou de uma fadiga muscular. Diante das opções, o treinador decidiu apostar no garoto, que no início da temporada foi apontado como a grande revelação do clube e ainda está batalhando por um espaço no grupo principal.

Esta é, em princípio, a única mudança na estrutura da equipe, que continuará no 3-5-2. As outras mudanças, apenas nas peças. Daniel Marques volta ao time, diante da ausência de Luís Henrique, lesionado. Com isso, Neguete passa para o lado esquerdo da defesa. Se Beto for mesmo vetado – ele sofreu entorse de joelho e tornozelo -, a tendência é a presença de Goiano. Além disso, o Tricolor terá a volta de Léo Matos na ala direita e a efetivação de Paulo Rodrigues como o novo titular da esquerda.

Muçamba não vê a hora de ?ralar a bunda na grama?

Alegria na Vila. Identificado com o clube e com a torcida, o volante Rafael Muçamba está de volta ao Paraná. Com seu estilo descontraído, cumprimentou velhos amigos e já começou a trabalhar. Depois de uma temporada no São Caetano e outra passagem frustrada pelo América de Natal, o jogador não vê a hora de novamente vestir a camisa tricolor e dar a sua parcela de contribuição para que o clube consiga uma guinada no Brasileirão.

?Quando a gente sai daqui é que vê o quanto o Paraná Clube é forte. Principalmente em casa. Por isso, é muito importante conseguir bons resultados nesses dois jogos, contra Juventude e Cruzeiro?, disse o jogador, já inteirado da situação do Tricolor na competição. ?Fiquei muito feliz com essa oportunidade que estão me dando. Estou voltando pra casa?, confirmou Muçamba. Aos 26 anos, o jogador diz ter amadurecido ainda mais com as dificuldades que passou nos últimos clubes.

Lembrou também dos bons momentos vividos num passado recente, no Paraná. ?Fui campeão. E isso marca. Na verdade, nunca quis sair daqui. Só que há sempre a questão do empresário, que acaba direcionando a nossa carreira?, frisou Rafael. O volante ainda está vinculado à Kirin Soccer, empresa de marketing esportivo. Seu contrato com o Tricolor é por empréstimo, até o fim do ano. ?Quem sabe fazemos um grande segundo turno e não fico aqui em definitivo? Torço por isso, pois gosto do clube, da cidade?.

Rafael Muçamba não sabe ao certo explicar o que provocou a forte ligação com a torcida paranista, com direito a uma comunidade na internet. ?Acho que é pelo meu jeito de ser. Sou autêntico. Se a minha alegria contagia, ótimo. Mas, além disso, sou um jogador dedicado, que entra em campo sempre com muita raça e é isso que vou fazer novamente, assim que surgir a oportunidade?, comentou Muçamba. O volante tem a receita para tirar o Paraná do momento de dificuldade. ?É jogar com muito amor à camisa. Ralando a bunda na grama, na gíria do futebol?, finalizou.

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