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Oportunista: Luís Carlos aproveita a bobeada da defesa e empata a partida.

Não se pode dizer que o Coritiba estava precisando do empate com o Engenheiro Beltrão. Mas ele vai ajudar muito o discurso do técnico Antônio Lopes, que mais uma vez demonstrou irritação com a equipe depois do 1 x1 no Norte do Estado. Para o comandante, a má atuação serve para comprovar que o time ainda precisa evoluir bastante, principalmente na capacidade de adaptação às dificuldades dos jogos no interior. Ele exige melhora imediata, já para a partida de quinta, contra o Cianorte, em Maringá.

A partida foi fraca, e o Delegado não esconde que, da forma que o Coxa estava jogando, pouco mais poderia ser feito. "Não dá para dizer que o empate não foi um resultado justo. Pelo que fizemos em campo, não conseguiríamos chegar mais longe", comenta. O treinador, entretanto, não quis fazer comentários individuais. "Isso fica para a gente. Não vou sair e ficar criticando", resume.

Mas ele reclamou muito dos erros do time. "Nós não nos acertamos durante o jogo. Tivemos muitas falhas técnicas, erramos muitos passes, não fizemos as jogadas programadas, arrematamos muito pouco ao gol adversário. E não fizemos algo muito importante, que é a marcação da saída de jogo, que é fundamental dentro do nosso sistema tático", explica.

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Lopes valoriza o espírito do elenco, que lutou para buscar o empate. "Eles não estavam em uma tarde boa, mas houve entrega, todos brigaram muito para conseguir a igualdade no placar", afirma o técnico, que não aponta o forte calor como decisivo para a dificuldade coxa. "Não fomos somente nós que jogamos com o sol. O Engenheiro Beltrão também estava jogando", diz.

Jackson, que fez sua reestréia no sábado, tem uma avaliação positiva do Delegado. "Ele estava há um bom tempo fora, mas mesmo assim demonstrou qualidade, foi dos que menos errou, e nós ganhamos muito com a vinda dele", comenta Antônio Lopes. O meia, no entanto, deve ir para a reserva na quinta, já que Reginaldo Vital deve voltar à equipe. Outro com retorno assegurado para a partida contra o Cianorte é o zagueiro Miranda – ele e Vital estavam suspensos.

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CAMEPONATO PARANAENSE
1ª Fase – 2º Turno – 1ª Rodada
Em campo
Local: João Cavalcanti de Menezes (Engenheiro Beltrão)
Árbitro: Héber Roberto Lopes (FIFA)
Assistentes: Jedair Ferreira e Rogério de Oliveira Costa
Gols: Claudinho 31 do 1º; Luís Carlos 6 do 2º
Cartões amarelos: Claudinho (EB); Fábio Lopes (CFC)
Renda: R$ 8.482,00
Público: 1.330 (1.172 pagantes)

Engenheiro Beltrão 1X1 Coritiba

Engenheiro Beltrão
Júnior; Maicon, Anderson e Marcelo do Ó; Rodrigo (Cléber), Hernandes (Cláudio Henrique), Reginaldo, Buiú e Tóbi; Claudinho e Élton Silva (Safira). Técnico: Milton do Ó

Coritiba
Fernando; Rafinha, Vagner, Alexandre e Ricardinho; Reginaldo Nascimento, Jackson (Fábio Lopes), Capixaba (Márcio Egídio) e Marquinhos; Marciano (Negreiros) e Luís Carlos. Técnico: Antônio Lopes

Calor e campo pequeno facilitam pro mandante

Engenheiro Beltrão 1×1 Coritiba, sábado à tarde, no Estádio João Cavalcanti Menezes, foi realmente um jogo quente, como se previa. Mas nem sempre um jogo quente é um jogo bonito de se ver. Desta vez, foi uma partida renhida, debaixo de um calor que chegou a 38ºC, de muita marcação em um campo que privilegiava as táticas defensivas. Mesmo tendo saído à frente no placar, o time da casa saiu satisfeito com o resultado, já que o técnico Mílton do Ó chegou a dizer que tinha receio de ver sua equipe ser goleada. Para o Cori, foi a chance perdida de abrir caminho na liderança do grupo A do Campeonato Paranaense.

A partida, que abriu o segundo turno do estadual, foi uma das mais fracas da competição. Jogando para empatar, o Engenheiro Beltrão entrou em campo com três zagueiros e três volantes – na frente, só um atacante. Tudo para segurar o Coxa e seu sistema de armação. Deu certo: Marquinhos fez sua pior partida desde que chegou ao Alto da Glória e Luís Carlos Capixaba foi anulado. Assim, os visitantes ficaram ?emperrados?, sofrendo para chegar no ataque – pior para Marciano e Luís Carlos, que no primeiro tempo sequer receberam muitas bolas.

Não havia nada de espetacular na tática de Mílton do Ó (pai do zagueiro Marcelo do Ó, um dos destaques do jogo), mas as dimensões do João Cavalcanti Menezes facilitavam o trabalho defensivo. Com 95 metros de comprimento e 72 de largura, o campo inibia a imposição técnica alviverde, e transformava o jogo em um verdadeiro pingue-pongue – qualquer bola chutada da defesa chegava facilmente ao gol adversário. Para piorar, o forte calor atrapalhava o Cori. "É uma covardia jogar com este sol", reclamou o capitão coxa Reginaldo Nascimento.

E essas características singulares não foram absorvidas pelos visitantes, que tiveram que correr para conseguir levar um ponto de Engenheiro Beltrão. Ainda no primeiro tempo, os donos da casa abriram o placar em um pênalti duvidoso apontado por Héber Roberto Lopes e convertido por Claudinho.

No segundo tempo, Antônio Lopes exigiu maior marcação, e o Coritiba conseguiu o empate pressionando o adversário e forçando o erro. O gol saiu em um escanteio cobrado por Marquinhos e com a ajuda da defesa do Engenheiro Beltrão, que praticamente abriu caminho para Luís Carlos marcar.