Não se pode negar que o Coritiba vive um turbilhão de emoções. Fora de campo, com as declarações desencontradas de dirigentes e jogadores. Dentro, com uma série de alterações promovidas por Antônio Lopes no apronto. O último treino antes da partida de amanhã, às 16h, contra o Figueirense, transformou a escalação coxa: Tuta voltou ao ataque, Jucemar à lateral-direita e Ricardo ao meio campo. E o esquema voltou a ser o 4-4-2.
No meio da coletiva, o Delegado não se furta a perguntar: “Como vocês preferiram o time?”. Um após o outro, os repórteres respondem, e são unânimes em dizer que, com o sistema usando três zagueiros, o Coxa rendeu mais. Então, vem a surpresa. “Vocês erraram. Vou jogar no 4-4-2”, resumiu. O esquema foi trabalhado apenas na segunda parte do coletivo de ontem.
Mas por que Lopes tomou essa decisão? “Eu senti a equipe mais equilibrada com dois zagueiros e quatro jogadores no meio-campo. Assim, a equipe tem mais facilidade para chegar na frente e marcar os gols”, comentou.
Sobrou para Alexandre, que acabou sendo sacado da equipe. Ele, que foi o melhor em campo do Coritiba na partida contra o Paysandu, foi preterido para que Ricardo ocupasse uma vaga no meio. “O professor Lopes me disse que se eu fizesse o que ele me orientou eu tinha chances de jogar”, comentou o lateral, que joga de novo improvisado na armação.
Outras novidades foram as voltas de Jucemar e Tuta. O centroavante, apesar de ser o artilheiro coxa no brasileiro, pode ser considerada a grande surpresa do time, por tudo que passou com ele nos últimos dez dias. Ontem, mais tranqüilo, ele minimizou as críticas do presidente Giovani Gionédis. “Essas coisas já passaram. Eu estou fazendo meu trabalho, e espero ajudar o Coritiba a conseguir uma vitória”, comenta Tuta.
Negativa
A diretoria do Coritiba reagiu com naturalidade à notícia vinda de Belo Horizonte. O vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Zezé Perrela, afirmou que o lateral coxa Adriano, sondado pela Raposa, estava negociado com o futebol europeu, e que se apresentaria ao novo clube em novembro de 2005, quando do final do contrato. Mais: o Cori não receberia nada pela transação.
Segundo o presidente Giovani Gionédis, a história é outra. “O Perrela realmente veio conversar comigo sobre o Adriano. Ele falou que queria levá-lo, e eu dei um preço. Como ele não topou, veio com essa história”, atirou o dirigente. A informação vinda de Minas tinha uma falha fundamental: Adriano não tem contrato até novembro, e sim até agosto de 2005, quando estará livre e poderá acertar novos contratos sem precisar informar o Coritiba.
Para o Coritiba ter participação efetiva em uma negociação de Adriano, ela teria que acontecer antes de agosto – depois, somente se houver renovação de contrato. A possibilidade disto acontecer é pequena, mas a chance de transferência entre dezembro e janeiro (tempo em que é reaberto o mercado europeu) é maior.
Coxa tentará vender Adriano pra sair no lucro
A diretoria do Coritiba reagiu com naturalidade à notícia vinda de Belo Horizonte. Na capital mineira, o vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Zezé Perrela, afirmou na tarde de quinta-fera, que o lateral coxa Adriano, sondado pela Raposa, estava negociado com o futebol europeu, e que se apresentaria ao novo clube em novembro de 2005, quando do final do contrato. Mais: o Cori não receberia nada pela transação.
Segundo o presidente Giovani Gionédis, a história é outra. “O Perrela realmente veio conversar comigo sobre o Adriano. Ele falou que queria levá-lo, e eu dei um preço. Como ele não topou, veio com essa história”, atirou o dirigente. A informação vinda de Minas tinha um detalhe fundamental: Adriano (que não quis falar com os repórteres ontem) não tem contrato até novembro, e sim até agosto de 2005.
Isto porque estará terminando seu segundo contrato com o Coxa, e pela Lei Pelé o atleta, formado, nas categorias de base do clube fica vinculado ao final do primeiro contrato, e apenas depois do segundo estará liberado, mesmo assim com parte da negociação indo para o clube pelo fato de ter formado o jogador.
Para o Coritiba ter participação efetiva em uma negociação de Adriano, ela teria que acontecer antes de agosto. Depois, somente se houver renovação de contrato. A possibilidade disto acontecer é pequena, mas a chance de transferência entre dezembro e janeiro (tempo em que é reaberto o mercado europeu) é maior.
Muitos chegam a afirmar categoricamente, que o lateral já está negociado – alguns dizem que seria para a Roma (veja matéria de ligação). “Até agora não tem nada de concreto. Meus procuradores e o presidente Gionédis não me disseram nada. Quero fazer algo que possa depois deixar a porta aberta aqui no clube”, resumiu Adriano, ainda na quarta-feira.