Nem a semana livre ajudou o técnico Antônio Lopes a trabalhar tranquilamente no CT do Caju para o jogo de domingo, contra o Internacional. A exemplo do que já ocorrera com outros treinadores, o Delegado vai para a partida sem atingir o objetivo de manter a escalação de uma rodada para outra.
Neste Brasileirão, apenas Renato Gaúcho conseguiu repetir o mesmo time, e por duas vezes: na 11.ª e na 12.ª rodada e depois na 15.ª e na 16.ª rodada. Assim, em 26 rodadas, o Furacão teve 24 times diferentes entrando em campo. Adilson Batista, que foi o primeiro treinador do Rubro-Negro no Brasileiro, e agora Antônio Lopes, não tiveram a mesma sorte. Renato ficou 12 jogos no comando, o dobro de Adilson e o Delegado, que fizeram seis partidas.
Em meio a tantas entradas e saídas, só Deivid, Manoel, Renan Rocha e Cléber Santana ganharam a confiança do trio que comandou a equipe. Eles foram os jogadores que mais atuaram no Atlético na Série A. Deivid é o recordista, com 24 escalações em 26 possíveis.
Lopes estava animado com a semana livre para trabalhar bem a equipe e escolher com cautela os substitutos dos suspensos. Mas teve que driblar alguns problemas extras para testar a equipe. Além dos desfalques já confirmados -Deivid, Rafael Santos, Pablo e Wagner Diniz -, o Delegado perdeu Kléberson, com luxação no ombro esquerdo, e ainda não teve a confirmação do retorno de Marcinho. Não bastasse isso, Renan Foguinho e Edílson tiveram de ser poupados, em dias diferentes, fazendo o treinador buscar outras improvisações na equipe.
Por sinal, domingo, os torcedores podem ver um time com surpresa no ataque. O jovem Jenison, contratado no final do ano passado, junto ao Paysandu, treinou entre os titulares nesta semana. Mesmo sendo um jogador mais de armação, Lopes escalou o jovem como centroavante, ao lado de Guerrón. Jenison estava treinando com a equipe júnior desde maio, quando o Atlético fez sua primeira lista de dispensa neste ano e mandou o jogador treinar com as categorias de base.
Sem muitas chances no time profissional, Jenison fez apenas três partidas pelo Furacão, e nenhuma delas como titular. Os jogos foram pelo Paranaense, e todos sob o comando de diferentes treinadores. A estreia foi promovida por Leandro Niehues. Depois, veio nova chance com Geninho. Por fim, com Adílson Batista, que o colocou no segundo tempo do Atletiba do segundo turno do Estadual.
Agora, depois de observar o jogador no Campeonato Paranaense Sub-20, Lopes o promoveu ao profissional novamente.
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