Londrina lidera JAPs

A reunião de cinco mil desportistas de todas as regiões do Estado, representando 67 municípios nos Jogos Abertos do Paraná (JAPs), tem movimentado Foz do Iguaçu. Depois de três dias de disputas, Londrina vem desbancando os donos da casa, que seguem firme no sonho pelo segundo título consecutivo no maior evento esportivo do Estado. Enquanto londrinenses já somaram 79 pontos na classificação geral, e vêm seguidos de perto por Maringá (73), Foz não perdeu os dois líderes de vista, e soma 66 pontos até agora.

Amanhã, começam as disputas das competições de ginástica rítmica e tênis de mesa. Na GR o grande destaque da competição, e até em eventos nacionais, são as meninas de Toledo. Atuais campeãs da modalidade, as toledanas são fortes candidatas ao título da ginástica rítmica, que conta ainda com a concorrência de Maringá e Foz do Iguaçu, vice e terceiro lugares em 2003, respectivamente.

Já o tênis de mesa inicia a luta pelo título sem destaques. O fator casa pode ser preponderante para os mesatenistas iguaçuenses, mas Londrina e Medianeira surgem como forças para buscar as medalhas em jogo.

Chuva atrapalha

O atletismo da fase final dos JAPs foi prejudicado pela chuva que atinge a região da fronteira com Argentina e Paraguai desde a madrugada de domingo. Das quatro etapas programadas, apenas três foram realizadas. Com os resultados do sábado e da manhã de domingo, o título geral ficou com Londrina no masculino e feminino. No masculino, Londrina somou 180 pontos contra 147 de Foz do Iguaçu, de Maringá com 113 e Paranavaí com 86. No feminino, Londrina somou 128 pontos, com a segunda colocação sendo de Maringá com 99, Campo Mourão em terceiro com 86 e Foz, em quarto, com 85. As provas do atletismo foram disputadas na pista do Complexo Esportivo Costa Cavalcanti (vale lembrar que esta pontuação se converte em pontos gerais e não na somatória simples para efeito de classificação).

Na disputa pelo título do judô, Londrina e Maringá dominaram o torneio que terminou domingo no ginásio do Colégio Bartolomeu Mitre. A equipe de Londrina venceu no masculino, seguido por maringaenses e iguaçuenses. No feminino, o primeiro lugar ficou com Maringá, seguido por Foz (2.º) e Londrina (3.º).

Destaque

O atleta Elenilson Silva, que representa Maringá, venceu a prova dos 10 mil metros, com o tempo de 31min37s e também foi campeão da prova dos 5.000m (14min51s). Com esses resultados, Elenilson, medalhista de ouro nos 10.000m e de prata nos 5.000m nos Jogos Pan-Americanos de 1999 e recordista de ambas as provas nos JAPs, permanece invicto nas duas distâncias pelo terceiro ano consecutivo. Elenilson é natural do Mato Grosso do Sul, mas mora e treina há vários anos em Maringá, sob a coordenação do professor Humberto Garcia. Ele escolheu a cidade para viver e treinar da mesma forma que o maratonista brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima, bronze em Atenas.

Programa ganha banca

A coordenação no Paraná do programa Pintando a Liberdade, do governo federal, organizou para a 47.ª edição dos Jogos Abertos do Paraná, que acontecem em Foz do Iguaçu, um estande com todos os materiais esportivos produzidos pelos detentos paranaenses.

A iniciativa do governo estadual, através da Paraná Esporte, tem como principal objetivo mostrar ao grande público os benefícios e os resultados do Pintando a Liberdade no Paraná, tido como melhor projeto de ressocialização e profissionalização de detentos. “O programa traz nova esperança e oportunidade para essas pessoas que cumprem pena no sistema prisional. O novo ofício consiste na produção de bolas, bolsas, uniformes, bonés e agasalhos, confeccionados nas 62 fábricas do projeto até agora instaladas por todo o Brasil”, conta Roberto Garcia Neves, coordenador do programa no Paraná.

Iniciado com a mão-de-obra de 15 internos, no Paraná, e com a perspectiva de produzir 500 bolas mensais, o Pintando a Liberdade se firmou no sistema penal e se constitui em ferramenta indispensável nos presídios. A prova disso é que o programa do Ministério do Esporte em parceria com o Ministério da Justiça mantém atualmente 53 unidades de produção em 25 estados e Distrito Federal, empregando 12.700 detentos.

Até 2003, o programa atendeu mais de 12 milhões de crianças com artigos esportivos em todo o País. Em 2001, a produção foi de 450 mil bolas de diversos tipos. Além de beneficiar no ano passado mais de 12 mil escolas públicas, o Pintando a Liberdade passou a ser reconhecido internacionalmente. O destaque são as bolas com guizo, utilizadas em torneios internacionais de futebol e futsal para portadores de deficiência visual.

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