Loco Abreu ainda está longe de entrar, por exemplo, na lista de vinte maiores goleadores da história do Botafogo. No final de semana, ele marcou seu gol número cinquenta, número expressivo numa época em que os jogadores permanecem menos tempo num mesmo clube. E é exatamente por isso que o uruguaio é o ídolo maior do torcida alvinegra e, nesta sexta-feira, recebeu mais uma homenagem, desta vez pela marca cinquentenária. Das mãos de Renato, em nome dos companheiros, Loco ganhou um quadro especial.
“Venho em nome do grupo homenagear um companheiro que tem mais tempo de casa e é fundamental para nós, imprescindível, nos ajuda muito. Nada mais justo do que essa homenagem pela experiência e tranquilidade que nos passa”, elogiou o volante Renato, que também já se tornou ídolo da torcida, apesar de ter chegado ao clube no meio da atual temporada.
Aos 35 anos, Loco Abreu já pode se orgulhar de ter um lugar especial para guardar as homenagens recebidas. “Esse quadro ficará lugar especial, lá no meu museu no Uruguai, perto do time campeão da Taça Guanabara, da Taça Rio e do Campeonato Carioca. O Botafogo tem um lugar especial no museu”, disse o uruguaio, relembrando os títulos conquistados no estadual do ano passado.
Loco agradeceu a homenagem dos companheiros e lembrou que, se não fossem eles, não teria feito tantos gols. “Se eu fosse Messi, ainda podia fazer gol sozinho. Como não sou, preciso muito do time, da qualidade deles para fazer o melhor dentro da área”, disse o jogador, um dos líderes do grupo.
Ao falar de sua maior contribuição ao clube, Loco Abreu, sempre sisudo nas entrevistas, brincou: “A melhor contribuição foi mostrar a bandeira do Botafogo na comemoração da Copa América para todo mundo. É brincadeira (risos). Poderia falar que sou craque, que sou fenômeno, animal, gênio. Mas isso não é certo. Não posso fazer esse tipo de avaliação”, comentou o uruguaio.
