Dois livros do segmento com uma pitada paranaense ganharam repercussão nacional. Um deles é o “11 gols de placa: uma seleção de reportagens sobre o nosso futebol”, coletânea de grandes reportagens, editado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em 2010.
“Ronaldinhos do futuro”, reportagem que conta história de jovens promessas do futebol, tendo como marco inicial a aparição do hoje flamenguista Jean Chera, então na Adap de Campo Mourão. “A gente achava que seria algo bacana para mostrar para o leitor, mas jamais esperava que concorresse a prêmio e muito menos que fosse para um livro, que é algo que dá uma certa imortalidade à matéria. Ficará ali para sempre.
E muito bem acompanhada por nomes como Juca Kfouri, Fernando Rodrigues, João Máximo, Michel Laurence”, destaca o jornalista Leonardo Mendes Júnior, coautor do material em conjunto com Marcio Reinecken e demais citados. “O Mundo das Copas”, escrito pelo jornalista Lycio Vellozo, também ganhou evidência em 2010. A obra traz uma completa série de estatísticas e histórias sobre o torneio mais importante do planeta, num total de 585 páginas.
Autores pedem mais apoio
Uma das grandes barreiras encontradas pelos escritores paranaenses é a dificuldade de encontrar quem invista no lançamento de livros sobre a história do futebol local. “É uma vergonha o Coritiba ter feito 100 anos, os Helênicos terem na mão um material completo e informativo sobre a história do clube e não conseguirem publicar porque ninguém quis patrocinar”, desabafa o jornalista Leonardo Mendes Júnior, editor-chefe da Revista ESPN, coautor de “11 gols de placa: uma seleção de reportagens sobre o nosso futebol”.
Com a autoridade de quem dedicou boa parte da vida por uma causa chamada futebol paranaense, o historiador Heriberto Ivan Machado aponta para uma das possíveis soluções. “Existem leis de incentivo que dão condição ao empresário de deixar de dar parte do imposto de renda de sua empresa ao governo, para destinar à obras culturais”, ressalta, lembrando que livros como “Futebol, Paraná, História”, em coautoria com o jornalista Levi Mulford, precisaram ser lançados “no peito e na raça. Sem patrocínio algum”.