Livro apresenta trajetória de Givanildo de Oliveira

Se é contestado em Curitiba, onde ainda não engrenou à frente do Atlético e vive na corda bamba, em Recife Givanildo de Oliveira é deus. Tanto é que ontem ele ganhou uma biografia contando sua história, da infância em Olinda até o sucesso como jogador e treinador de futebol. Givanildo: uma vida de luta e vitórias, de Marcelo Cavalcante, mostra, em 300 páginas, relatos do próprio técnico do Furacão, bem como de amigos, familiares e de companheiros do mundo da bola.

?Esta obra surgiu da paixão que sinto pelo futebol e também pelo fato de Pernambuco não ter, até então, registrada em livro a história de um futebolista vitorioso, como é o caso de Givanildo?, conta Cavalcante, que é repórter do Jornal do Commercio, de Recife. Segundo o autor, que não acreditava que o treinador iria aceitar a proposta, surgiram muitas histórias pitorescas e de bastidores que Giva contou em detalhes. ?Foi a primeira vez que ele abriu a sua história para um jornalista. A minha intenção com este livro é informar a sua história e deixá-la para a eternidade do futebol pernambucano?, aponta.

O mesmo entusiasmo teve o próprio biografado. ?Eu aceitei e quando começamos a conversar achei importante fazer uma triagem das histórias. Ficou um trabalho realmente muito bom?, destaca Givanildo.

O treinador gostou tanto que não retornou com a delegação rubro-negra para Curitiba e ficou mais um dia em Recife para prestigiar o lançamento da Edições Bagaço.

?Ele teve cuidado ao escrever detalhes importantes e o livro ficou muito bom?, elogia mais uma vez.

Em 1976, por exemplo, depois de barrar Falcão na seleção brasileira, então comandada por Oswaldo Brandão no Torneio Bicentenário dos Estados Unidos, a imprensa foi entrevistar Givanildo. ?E aí, pernambucano, você não fala??, perguntaram os repórteres.

De bate-pronto, o então volante devolveu: ?Vocês é que não me procuram?.

Apesar das boas atuações, ele não foi ao mundial de 1978.

Por essas e outras, a idolatria a Givanildo é justificada.

No domingo, mesmo dirigindo o Atlético, foi aplaudido de pé pelos torcedores do Santa Cruz. Não era para menos. Além de ter levado a Cobra Coral de volta à primeira divisão, no Arruda, Giva foi campeão como jogador cinco vezes seguidas, além de campeão paulista pelo Corinthians e novamente tricampeão pernambucano nos anos 80 pelo Sport. Como treinador, já são 18 títulos conquistados numa carreira de 20 anos.

Na ponta e na lanterna

A vitória sobre o Santa Cruz deixou o Atlético na primeira e última colocação do Brasileirão. Isso mesmo. Por incrível que pareça, as duas vitórias na competição deram ao Rubro-Negro o melhor aproveitamento entre as 20 equipes até aqui considerando-se jogos fora de casa. Na Baixada, outrora Caldeirão, a conversa é outra. O time não saiu do zero e é o pior de todos, mas pode quebrar esse tabu no sábado contra o Goiás.

Nas 5 rodadas do Brasileirão, foram três jogos fora de casa e duas vitórias, contra Botafogo e Santa Cruz. O time comandado por Givanildo de Oliveira perdeu apenas para o Santos, em Mogi Mirim. Isso dá 67% de aproveitamento. Em casa, o problema é mais embaixo. Diante de Flu e Inter o time deu vexame.Com isso, a Baixada, até aqui, deu 0% de retorno para o Atlético Para mudar esses números, Giva manterá quase o mesmo time que passou pelo Santa Cruz. A exceção deverá ser a volta do zagueiro Paulo André, que cumpriu suspensão automática. Ele voltaria no lugar de João Leonardo. O restante do time permanece o mesmo, a não ser que o treinador resolva colocar um meio-de-campo mais criativo. Erandir seria substituído por Fabrício ou Evandro. As definições começam hoje, no CT do Caju.

Fabrício chamaria Marcos. Paulo André, o meia Alex

Para Fabrício, o técnico Carlos Alberto Parreira levará um time muito bom para a Copa. ?Não teve nenhuma surpresa. Achei que ele chamaria o Marcos (goleiro do Palmeiras), mas o Rogério Ceni (do São Paulo) também é uma boa escolha?, destacou. Ele só espera agora que os atletas convocados e o treinador tenham o máximo de apoio possível. ?A cobrança será muito grande porque o nível dos jogadores está acima da média.? A mesma opinião tem Paulo André. ?O Parreira segue um critério legal na Seleção. O Brasil tem tudo para fazer um bom papel?, diz. O zagueiro sentiu falta do meia Alex, do Fenerbahçe, da Turquia. ?Já era esperada essa lista. Claro que sempre fica faltando um ou outro como o Alex, mas isso vai de cada um.?

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