Duisburg – Se nunca repetiu a escalação do time nas 26 partidas em que dirigiu a Itália desde 8 de agosto de 2004, quando estreou perdendo por 2 a 0 para a Islândia, não será no jogo de amanhã, contra a Ucrânia, em Hamburgo, que o técnico Marcello Lippi quebrará essa tradição. É dada como certa a volta de Totti em lugar de Del Piero, mas a maior novidade deve ser a ida para o banco de Gilardino – o único atacante que foi titular nos quatro jogos da Azzurra na Copa.
Lippi não fala desde o dia da vitória sobre a Austrália, e na coletiva que dará hoje certamente não dirá nada sobre a escalação, mas algumas indiscrições vazaram de dentro da concentração, dando conta que o técnico cansou da ineficiência de Gilardino e vai dar chance a outro atacante.
Ontem, ao analisar a ausência de um goleador no time (os seis gols da Itália na competição foram feitos por seis jogadores), o zagueiro Nesta deu uma opinião que soou como uma dica do que pode acontecer contra a Ucrânia. ?Pippo Inzaghi marcou no único jogo em que entrou.? Em seguida, falando sobre a vontade de jogar dos que estão no banco, deu mais uma força ao seu companheiro de Milan: ?Todos aqui têm vontade de jogar, mas me parece que Pippo tem um pouco mais que os outros.?
A declaração de Nesta pode ter sido um recado mandado por Lippi.
Oito ?milhas?
Chegar às quartas-de-final representa 8 milhões de euros divididos pelas contas dos jogadores da seleção ucraniana, revelou ontem o técnico do time, Oleg Blokhin. ?Trabalho duro tem de ser bem recompensado?, disse. ?Ou vocês acham que eles jogam só por um muito obrigado?? Para Blokhin, se os jogadores tivessem trabalhado mal na competição, ?não receberiam nem um centavo?.
Blokhin não sabe se o prêmio poderá crescer se o time passar às semifinais – comenta-se que pode chegar a 29 milhões de euros – mas acredita que os ucranianos podem surpreender. ?Quem sabe??, pergunta. ?A pressão está sobre os italianos, que são favoritos.
A partir de agora, cada vitória é um prêmio para nós.?
