Roma (AE) – A seleção campeã do mundo procura técnico. Três dias depois de ajudar a Squadra Azzurra na conquista do tetracampeonato, Marcello Lippi demitiu-se do cargo que ocupava havia dois anos. A decisão foi anunciada ontem, em breve comunicado da federação italiana de futebol, que já busca substituto. O ex-jogador Roberto Donadoni lidera a lista de candidatos, seguido de Claudio Gentile, que orienta a equipe nacional de juniores.
A saída de Lippi era pedra cantada. O treinador dava pistas, durante a Copa na Alemanha, de que largaria tudo assim que retornasse para casa, com a vitória ou com eliminação em qualquer etapa. Ele chegou a transmitir sua decisão em conversa com Giancarlo Abete, chefe da expedição, na concentração em Dusseldorf.
Lippi não deu entrevistas – seu último grande pronunciamento para jornalistas foi aquele, obrigatório, tão logo terminou o duelo de domingo com a França, em Berlim. Antes de ser anunciada a demissão, o técnico viajou uma hora e meia, de sua casa em Viareggio até Turim, para visitar o ex-jogador Gianluca Pessotto que há duas semanas está internado, depois de tentativa de suicídio. Assim que saiu do hospital Molinete, se limitou a dizer o que pretende fazer; "Continuarei a trabalhar como treinador", disse, curto e grosso.
A corrida para o cargo está aberta e ontem Guido Rossi reuniu-se com seu vice, o ex-jogador Demetrio Albertini, para traçar o perfil do substituto. Donadoni, colega de Albertini em vitoriosas jornadas no Milan, é o favorito para ocupar o lugar.
