A briga entre Federação Paranaense de Futebol e Coritiba, sobre o empréstimo do Couto Pereira ao Atlético, ganha mais um capítulo hoje. A partir das 19h, o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR) irá julgar a liminar concedida ao Coxa, que não acatou a imposição da FPF para ceder seu estádio ao Furacão.

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Entretanto, a definição não sai hoje. Isto porque, tanto o Coxa, quanto a FPF, podem recorrer ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) em caso de uma derrota no tribunal. O Alviverde já afirmou que irá entrar com o recurso no dia seguinte, enquanto a palavra oficial da Federação é de que ainda irão analisar.

Se o TJD-PR mantiver a liminar e der causa ao Coritiba, tudo permanece na mesma situação, com o Rubro-negro impedido de utilizar o Couto. Já se a FPF sair vitoriosa, o estádio estará liberado, mas o Coxa pode novamente fechar os portões do local, desde que conquiste um efeito suspensivo no STJD. Porém, este efeito teria que ser concedido até sexta-feira, quando a quarta rodada do Estadual, onde o Atlético volta a ser mandante, será homologada. “Em uma hipótese de perdermos amanhã (hoje) vamos entrar com o pedido do efeito suspensivo na quinta-feira e na própria quinta-feira, no máximo sexta, acredito que teremos a resposta. Tem tempo para isso”, explicou Itamar Cortes, advogado do Coxa.

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Octacílio Sacerdote: atleticano?

O presidente do TJD-PR, Peterson Morosko, que foi quem acatou a liminar coxa-branca, corre o risco de não poder participar do julgamento. A FPF alega que ele já declarou o seu voto no despacho feito semana passada, quando negou o pedido de defesa por parte da entidade máxima do futebol paranaense, o que não pode ser especificado antes do julgamento. “Foi enviada previamente uma notificação aos auditores para que ele seja impedido de participar do julgamento. Ele já deu a sua decisão em um pré-julgamento antes mesmo da FPF poder se defender”, afirmou Juliano Tetto, jurídico da Federação.

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Para apimentar ainda mais a situação, o relator do julgamento será Octacílio Sacerdote Filho, vice-presidente do TJD-PR e sócio do Atlético. Porém, para Gustavo Nadalin, diretor jurídico do Coritiba, o time do relator não fará diferença na hora da decisão. “Cada auditor tem o seu time de preferência e o auditor Otacílio tem um histórico de bons julgamentos. O Coritiba confia na competência dele”, garantiu.