Sem Schumacher, nem Montoya, nem Raikkonen. O primeiro dia de treinos para o GP da Hungria foi dos segundos pilotos das equipes que lutam pelo título mundial de Fórmula 1 de 2003. Os três líderes viraram coadjuvantes e ficaram atrás de seus parceiros. E todos eles, os seis das chamadas equipes grandes, ficaram atrás de outro que não tem nada a ver com a disputa: Jarno Trulli. O italiano da Renault fez o melhor tempo na pré-classificação em Hungaroring e será o último na pista hoje para tentar a pole na sessão que define o grid da 13.ª etapa do campeonato.
Budapeste – Trulli valeu-se de uma excelente volta, do calor de Budapeste (32ºC na hora do treino) e das dificuldades que os primeiros na classificação tiveram, por serem também os primeiros a ir para a pista. “Muito suja e o resultado de hoje não é parâmetro para nada”, disse Schumacher.
É fato que na medida em que os carros iam passando, limpando a poeira do asfalto, os tempos iam melhorando. Mas é exagero atribuir tudo à pista. Schumacher ficou 1s072 atrás de Trulli, que fez sua volta lançada depois. É muito. O problema dos pneus Bridgestone da Ferrari é evidente. Os Michelin, de Renault, Williams, McLaren, Jaguar e Toyota, são bem melhores com tempo seco e pista quente.
Schumacher não assume, mas deve começar a se preocupar com seu desempenho nas últimas provas, embora continue em primeiro na classificação. A sorte de Michael é que Montoya, que o persegue na tabela (seis pontos atrás), também foi mal: 8.º, enquanto Ralf, o companheiro, conseguiu o 2.º tempo. Raikkonen, 3.º no Mundial, foi ainda pior: 12.º, tendo de amargar o quarto tempo do colega Coulthard, que ontem teve seu contrato renovado por mais um ano.
O calor vai persistir hoje na Hungria e o treino que define o grid será realizado com altas temperaturas. No asfalto, como ontem, deve passar dos 40ºC. A luta pela pole em Budapeste é sempre muito importante porque a pista é proibitiva para ultrapassagens durante as 70 voltas. A largada será as 9h (de Brasília).