Pela primeira vez uma etapa do Circuito Mundial de Surfe não precisará de previsão de ondas. Com horário marcado para surfar, 36 atletas no masculino e 18 no feminino vão atrás do título da etapa do Surf Ranch, que começa a ser disputado nesta quinta-feira e vai até domingo na piscina de ondas criada pelo norte-americano Kelly Slater, dono de 11 títulos mundiais.

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Os dois primeiros dias serão de preliminares, sendo que nesta quinta 18 atletas com a pior colocação no ranking entram na água. Na sexta-feira será a vez dos surfistas mais bem colocados. A final está marcada para domingo.

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Nos últimos dias, os surfistas da elite puderam treinar na piscina de ondas e deram um show de manobras, aéreos e tubos. Em testes feitos anteriormente no “quintal” de Slater, Filipe Toledo, brasileiro que lidera o ranking com 41.985 pontos, teve excelente desempenho. Ele está confiante para a disputa e espera repetir o arsenal de manobras para garantir o troféu. Confira abaixo a entrevista:

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Você vem tendo uma temporada espetacular. Como tem sido vestir a camisa amarela de líder?

Eu já tinha vestido ela antes, em 2014, quando iniciei o ano vencendo. Para mim é o resultado do trabalho sério, focado e bem estruturado que venho fazendo desde o final do ano passado. Na verdade, eu quero é acabar o ano com ela.

A que se deve esse ótimo momento que você está tendo?

A um objetivo predeterminado, a um trabalho sério, com foco, e muita vontade de ser campeão mundial.

É possível que nas últimas etapas a disputa do título mundial esteja somente entre brasileiros. Como será para você enfrentar amigos?

Eu já estou acostumado a surfar contra eles desde a minha infância. Nas categorias de base nos enfrentávamos sempre, então não será novidade nenhuma, a não ser a minha sede de vitória.

A ausência do John John Florence, atual bicampeão, facilitou a vida dos brasileiros?

Sentimos a ausência dele no circuito este ano, mas como estão vendo, nós estamos determinados a vencer e não sei se ele estaria no páreo, pois já tinha tido alguns resultados ruins no primeiro semestre.

Essa é a melhor fase do surfe brasileiro na elite. Acha que nos próximos anos a Brazilian Storm será maior ainda?

A tendência é sempre aumentar. Acho que a cada ano estamos mais fortes e maduros. Tanto os atletas do Circuito Mundial quanto os que estão chegando na Divisão de Acesso.

Como está sendo a vida de pai? Dá para levar nas etapas?

Eu sempre gostei de crianças, mas até então não tinha me visto sendo pai. A notícia foi uma surpresa, mas que depois de um tempo acabou deixando todos apaixonados! Estou amando esta fase, e eles são minha maior motivação. Pretendo levar para alguns lugares mais tranquilos de ir no ano que vem.

O próximo evento será no Surf Ranch. Será um formato inédito e cercado de muita expectativa. O que você precisa fazer para se dar bem lá?

Não errar! Este evento será totalmente diferente de todos. Ali você não pode errar e, além de tudo, tem de elevar muito seu nível de acerto.

Você tem um estilo ousado e costuma inovar com os aéreos. De onde veio isso? É possível criar manobras inéditas?

Sou assim desde garoto. Sempre gostei de fazer as coisas diferente dos outros, sair do comum. Sempre que tenho um tempo, procuro me especializar em algumas manobras, e na hora certa, colocar elas em prática.

Para finalizar, você sempre sonhou ser campeão mundial. Este será seu ano?

Já vem sendo! Estou muito feliz com meu desempenho e pretendo seguir vencendo até o final.