Os inspetor das candidaturas para as Copas do Mundo de 2018 e 2022 foi suspenso por ter buscado vários favores para os membros da sua família, revelou nesta quinta-feira o Comitê de Ética da Fifa, seis meses após a aplicação de uma pena de sete anos.

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O chileno Harold Mayne-Nicholls “reiteradamente solicitou favores pessoais relacionados a acomodação e treinamentos de seus parentes (um filho, um sobrinho e um cunhado)”, disseram os juízes do Comitê de Ética da Fifa em comunicado divulgado nesta quinta-feira

A candidata e a instituição não foram identificadas, mas anteriormente foi dito que Mayne-Nicholls teria feito pedidos pessoais a uma academia de Doha que possuía ligações com a bem-sucedida candidatura do Catar para a Copa do Mundo de 2022.

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“O senhor Mayne-Nicholls não agiu de acordo com os interesses da Fifa e ignorou sua responsabilidade como um dirigente de alta patente da Fifa, alguém de quem era esperado que agisse com a máxima neutralidade e integridade”, afirma o comunicado.

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Em seu julgamento, o comitê apontou que Mayne-Nicholls desrespeitou vários artigos do Código de Ética da Fifa, incluindo oferecer ou aceitar presentes e conflitos de interesse.

Com a apresentação das razões para o veredicto, Mayne-Nicholls agora enfim pode levar o seu caso à comissão de apelações da entidade. Anteriormente, o chileno cogitava participar da eleição presidencial da Fifa.

Ele foi nomeado pela Fifa em 2010 para o comitê de avaliação dos países candidatos a sediar as Copas do Mundo de 2018 e 2022. Todos os nove participantes foram visitados entre julho e setembro de 2010.

No relatório técnico, Mayne-Nicholls sinalizou que Rússia e Catar apresentavam os maiores riscos se fossem escolhidos sedes dessas Copas. A Fifa, porém, ignorou essa recomendação e definiu os países como organizadores dos Mundiais de 2018 e 2022.