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Libertadores começa com premiação recorde, mas brasileiros acham pouco

começa nesta terça-feira, com a disputa de uma das três partidas da primeira fase, a Copa Libertadores mais milionária da história, com premiação ao campeão dobrada pelo segundo ano consecutivo. O vencedor do torneio vai embolsar US$ 12 milhões (R$ 45,2 milhões, na cotação de segunda-feira). Ao todo, US$ 161,9 milhões (R$ 610,2 milhões) vão ser distribuídos aos 47 participantes. O jogo inaugural será entre Delfin, do Equador, e Nacional, do Paraguai.

Na edição passada, a Conmebol pagou US$ 98,9 milhões (R$ 372,5 milhões), sendo US$ 6 milhões (R$ 22,6 milhões) ao campeão, o River Plate. Foi o dobro do valor ganho pelo vencedor de 2017 (US$ 3 milhões ou R$ 11,3 milhões). Será também a estreia da final em partida única, marcada para 23 de novembro, em Santiago, capital do Chile.

Vale lembrar que a decisão de 2018, entre os argentinos Boca Juniors e River Plate, acabou tendo um campo neutro (o Santiago Bernabéu, em Madri) como palco do segundo duelo devido a problemas de segurança.

Apesar do upgrade financeiro, os clubes brasileiros ainda reclamam da desvalorização do principal torneio do continente. Basta comparar com o que faturou o campeão da última Copa do Brasil: o Cruzeiro ganhou R$ 50 milhões, ou seja, cerca de R$ 5 milhões a mais do que receberá, em tese, o time mais importante da América do Sul neste ano.

Se a base de comparação for a Europa, então, o dinheiro distribuído pela Conmebol parece troco perto dos euros que saem dos cofres da Uefa para os bolsos dos participantes da Liga dos Campeões.

A estimativa feita pela Uefa para a temporada 2018/19 é de destinar nada menos do que 2,04 bilhões de euros (aproximadamente R$ 8,7 bilhões) apenas para a sua competição mais nobre. Cada um dos 32 integrantes da fase de grupos da Liga dos Campeões embolsa 15,25 milhões de euros (mais de R$ 65 milhões).

Se na Libertadores cada mandante recebe US$ 1 milhão de dólares (R$ 3,769 milhões) por partida em casa, na Liga dos Campeões o prêmio por uma vitória na fase de grupos rende 2,7 milhões de euros (R$ 11,5 milhões).

Mesmo com uma distância ainda abissal entre as duas realidades, a Conmebol comemora o aumento da premiação. “O dinheiro agora chega a quem realmente faz as competições, que são os clubes. São as estrelas da competição e o que fazemos na Conmebol quando se fala de Libertadores e Sul-Americana é pensando no que é melhor para os clubes”, defende Frederico Nantes, diretor de competições de clubes da entidade.

De acordo com o dirigente, que é brasileiro, a elevação do montante desembolsado foi possível “com mudança de gestão do Presidente Alejandro Domínguez, já que os contratos eram antigos”, afirma, referindo-se especialmente aos acordos de direitos de transmissão. Questionado se a expectativa era por novas majorações nas temporadas seguintes, ele disse não ter como responder: “Não podemos garantir”.

Fato é que tem ocorrido uma evolução, ainda que lenta, nos patamares da grana envolvida na Libertadores, que tenta justamente cada vez mais se parecer com o badalado “primo europeu”. As mudanças no formato – torneio durante a temporada inteira, final única – são indício dessa “europeização” do torneio sul-americano.

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