Levir testa o Atlético com três atacantes

O técnico Levir Culpi já começou a fazer as primeiras experiências no Atlético na intertemporada que o clube realiza em Águas de Lindóia/SP. A principal dela foi a escalação de três atacantes (Dagoberto, Ilan e Washington) na equipe, mas esta opção deverá ser mais treinada antes de ser colocada em prática nos jogos do Campeonato Brasileiro. No primeiro teste, o Furacão venceu por 7 a 0 uma seleção local em jogo-treino realizado no centro de treinamento da concentração.

“Fizemos esse jogo-treino mais para manter o ritmo. Mas, teve valor pela parte física e tática”, disse o treinador atleticano. Ele sabe que o nível dos jogadores da seleção de Águas de Lindóia e Serra Negra não era dos melhores, mas foi o suficiente para não deixar cair o ritmo de jogo do grupo. Além disso, ele pode colocar mais uma vez três atacantes juntos num treino. “Tentamos mais uma vez colocar os três atacantes. Só que, desta vez, com uma sustentação com dois volantes de marcação (Alan Bahia e Bruno Lança). Queria testar e foi bom”, apontou.

Apesar de comemorar o bom rendimento contra o mistão da região, Levir mantém um pé atrás antes de arriscar colocar a formação ofensiva numa partida oficial. “O ideal é ir treinando os três atacantes. Quando aparecer o momento durante as partidas, eles já estarão preparados para atuar assim. Este teste já foi melhor que os outros que fizemos, mas também não dá para avaliar muito porque o outro time não trouxe muita dificuldade”, ponderou.

Mesmo assim, o trio de frente mostrou confiança na formação. “Foi legal. O Levir conversou antes do treino e falou que um teria que voltar para marcar, quando o outro partisse ao ataque. Então, quando o Ilan vai, eu fico. Eu e o Ilan vamos ajudar na marcação”, disse Dagoberto. Ilan concorda com ele. “Nesse jogo-treino o esquema de três atacantes deu certo. Prova disso foi que marcamos cinco gols no segundo tempo. É só acertar o posicionamento que tudo dá certo”, destacou.

Para Washington, é só uma questão de encontrar o entrosamento para os três poderem entrar em campo juntos. “Foi muito bom o treino. É sempre bom atuar ao lado do Dagoberto e do Ilan. Precisamos somente de mais entrosamento. O poder ofensivo do nosso time ficou muito forte. Mas sabemos que um sempre vai ter de se sacrificar para marcar”. Diante de Serra Negra e Águas de Lindóia, Levir colocou a equipe com Diego; Marinho, Fabiano e Rogério Correia; Raulen, Alan Bahia, William, Jádson e Marcão; Dagoberto e Washington. Durante os trabalhos, Ivan entrou no lugar de Marcão, Bruno Lança no lugar de William e Ilan no de Rogério Correia. Para hoje, está previsto mais um trabalho técnico e tático no centro de treinamentos.

Atlético lidera média de público

Gisele Rech

O torcedor paranaense tem um diferencial em relação aos torcedores de outros estados. Enquanto em São Paulo, por exemplo, a torcida do Corinthians lota o Pacaembu mesmo que seja apenas para protestar, torcedores do trio-de-ferro comparecem ao estádio quando o time está bem, como é o caso do Atlético Paranaense.

Tirando o fracasso da primeira rodada, contra o Figueirense, que teve público de apenas 2.421 pagantes, o Rubro-Negro tem mantido boa média. O diferencial daquela partida foi a briga contra o ingresso a R$ 30,00. Com preços mais baixos e o time fazendo boa camapnha, a Arena tem recebido bom público. Ainda mais levando-se em conta a força dos adversários – Coritiba, Santos e Cruzeiro, até agora. A média atleticana é de 11.777 pagantes por jogo, com recorde de público no Atletiba, que recebeu 16.510 torcedores na Arena.

Sem a mesma regularidade na campanha, o Coritiba tem uma média um pouco mais baixa: 10.182. O recorde de público foi conqusitado no jogo contra o São Paulo – 15.484. Mesmo sendo inferior a média atleticana, o número do Coxa está próximo da média final do ano passado, que foi de 10.359. O Atlético fechou 2003 com média de 9.415.

Correndo por fora no quesito média de público, o Paraná mantém uma média de 4.778 torcedores, mesmo que tenha a fama de bater impiedosamente os adversários em casa. Foi assim com equipes de peso como Santos (3×2), Flamengo (2×1) e Cruzeiro (2×0). A exceção foi a derrota para a Ponte Preta, por 1 a 0, na última partida disputada no Pinheirão. Como reflexo do decréscimo na tabela de classificação nos últimos jogos, a média de público do Paraná este ano é descrescente. Começoo com 6.744 torcedores contra o Santos e colocou 3.440 pagantes no Pinheirão contra a Macaca. A média de público no Pinheirão no ano passado foi de 5.156, muito em função da melhora do time na reta final do Brasileirão.

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