Levir Culpi não deve mais dirigir o Palmeiras em partidas oficiais. Embora sua saída ainda não tenha sido oficializada, o treinador deu, ontem, entrevista coletiva como ex-funcionário do clube. Quando deixava o flat em que se hospeda, na região da Avenida Paulista, disse que seu cargo estava entregue à diretoria. Preferiu não se manifestar sobre o futuro, mas tem certeza de que não permanecerá no Palestra Itália.

Tanto que falou na possibilidade de dirigir uma equipe do futebol japonês, com a qual estava negociando antes de acertar com o Palmeiras. Além do Botafogo-RJ, que manifestou interesse em sua contratação. O novo presidente, Bebeto de Freitas, elogiou bastante Levir, com o qual trabalhou no Atlético-MG.

Apesar de o técnico ter sido isentado de culpa por parte da diretoria pelo rebaixamento do time no Brasileiro, os cartolas acham que uma reformulação na comissão técnica será necessária. Como ele, sairão Luiz Roberto Matter, auxiliar, e Walmir Cruz, preparador-físico. O contrato de Levir termina em dezembro.

O treinador agradeceu, ontem, à torcida e à imprensa pelo apoio que lhe foi dado. À tarde, viajou para Curitiba, onde passará alguns dias com a família. É provável que só volte para acertar seu desligamento do Palmeiras.

Ainda visivelmente abalado, Levir disse não saber “exatamente o que aconteceu de errado”, mas admitiu que o time teve resultados bem inferiores aos que o elenco poderia conseguir. Confessou que teve alguns “probleminhas” com o goleiro Marcos e o meia Pedrinho. “Coisas normais do futebol”. Mas garantiu que o grupo não estava tão desunido como alguns imaginavam. Em sua opinião, o grupo era bom, mas faltou harmonia em campo. “O time não se acertou taticamente”. A chegada de jogadores, como Marco Aurélio, no meio do campeonato e os problemas físicos de outros, como Zinho e Pedrinho, foram muito prejudiciais, analisou.

De acordo com o técnico palmeirense, a saída de quatro volantes ao mesmo tempo – Fernando, Galeano, Magrão e Claudecir – foi decisiva para a má campanha da equipe. Crítica direta a Vanderlei Luxemburgo, que dispensou os quatro. “Ficamos só com o Paulo Assunção, que é um menino de 21 anos”.

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