A lesão do meia Bruninho impôs obstáculos a uma negociação que já havia sido dada como certa. Em dezembro, quando estourou a greve dos jogadores por conta dos salários atrasados, o Paraná Clube buscou uma solução caseira para “fazer dinheiro”: a venda de percentuais dos jogadores Elvis, Vinícius e Bruninho. O comprador seria a Zetex Sports, empresa com a qual o clube já mantinha algumas transações em parceria (os atacantes Igor e Wellington Silva, por exemplo).
Mas, com o recesso do fim de ano, a negociação ficou estagnada. Parte dos atrasados foram viabilizados pela diretoria sem esse recurso e o restante foi postergado. Agora, com Bruninho fora de ação por um período de seis a oito meses, a tendência é que a transação não avance. Os dirigentes preferem evitar o assunto, pois a questão só será retomada com o retorno de viagem de Aurival Correia (o ex-presidente é hoje vice de finanças da gestão Aquilino Romani). Mas há uma corrente forte no clube que entende já não ser necessária a venda dos garotos.
Na negociação que estava encaminhada, a Zetex adquiriria 20% dos direitos econômicos de cada um dos atletas, ficando 30% com o Paraná Clube e outros 50% com a Base, empresa que administra as categorias de base do Tricolor. Na prática, com Bruninho fora de ação, recai sobre Elvis a única expectativa de uma boa transação, no momento, de atletas revelados pelo azul, vermelho e branco.