São Paulo – Leônidas da Silva, o Diamante Negro, completa hoje 89 anos, longe das glórias que o consagraram como um dos maiores astros do futebol brasileiro em todos os tempos. Ignorado pelo público, está há nove anos internado em uma clínica de repouso, sofrendo do mal de Alzheimer.

Mas sua história vitoriosa não será esquecida. Ao contrário, estará nas telas de cinema em dois anos, prazo em que deve estar pronto um filme contando sua trajetória dentro e fora dos gramados.

A esposa, Albertina Santos, de 74 anos, promove hoje uma pequena festa de aniversário para Leônidas, raro momento de alegria na solidão do ex-craque. “É uma forma de expressar meu carinho, como homenagem por tudo o que ele representou.” A comemoração será no Recanto São Camilo, em Cotia, apenas para a equipe médica que atende o ex-craque.

Impossível destacar apenas um momento da vida de Leônidas. O Diamante Negro brilhou na Copa do Mundo de 1938, na França, quando foi artilheiro com sete gols. Ídolo no Flamengo, destacou-se também no São Paulo. Foi o primeiro garoto-propaganda no esporte, com diversos produtos lançados explorando sua imagem. Também fez sucesso como comentarista esportivo, mas, a partir de 1975, começou a sofrer com a doença. Esses e outros detalhes estarão no longa-metragem que terá direção de Paulo Machline e produção de André Ribeiro e Ricardo Pichi.

Leônidas foi um exemplo, não apenas no esporte. Nasceu e cresceu numa família pobre e, mesmo tornando-se celebridade, jamais perdeu a humildade. “Minha missão é preservar sua memória. Espero que jamais se esqueçam do que ele fez pelo Brasil”, disse Albertina.

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