O atacante Leonardo quer dar ?um bico? no jejum de gols. Diante do Internacional -domingo, às 16h, na Vila Capanema – espera voltar a vibrar com a galera tricolor e encaminhar a classificação do Paraná Clube à Libertadores da América. ?Nunca vivi um período como esse?, desabafou o jogador.
No fim de semana ele completa dois meses sem balançar as redes, passando em branco nas oito partidas que disputou neste período.
O último gol foi contra o Fortaleza, no dia 20 de setembro, de pênalti. ?É uma situação que me tira o sono.?
Artilheiro da equipe no Estadual – foram 11 gols em 20 jogos -, Leonardo não teve a mesma freqüência no Brasileiro. Com sucessivas lesões, fez muitas partidas distante do condicionamento físico ideal. ?Isso me atrapalhou muito.
Em alguns momentos, fui pro sacrifício?, disse o atacante.
?Mas não adianta ficar lamentando. Temos que jogar no limite nessas três rodadas que restam, para transformar em realidade o sonho que embalou toda a nossa campanha?, comentou. No Nacional, Leonardo fez 24 jogos e seis gols.
O goleador sabe que só realizar um bom jogo não será suficiente para ele e o time atingirem os objetivos. O Tricolor tem pela frente o vice-líder do Brasileirão, com a defesa menos vazada da competição (30 gols) e que não é vencida há oito rodadas. ?É uma marca impressionante, mas tem pouco peso neste jogo?, disse Leonardo. ?Agora, não importa se é contra o primeiro ou o último colocado. Temos é que fazer gols e vencer?, assegurou.
Nem mesmo as sucessivas assistências – desde que parou de marcar, seis gols saíram em passes precisos de Leonardo -amenizam a aflição do camisa 9. ?Torcedor quer saber de gols. Lamento não ter feito aquele em Santos, no primeiro tempo, que abriria caminho para uma vitória?, lembrou. ?Acho que fiz o certo, tirei do Fábio Costa, mas o zagueiro cortou.?
Na sua avaliação, não está faltando sintonia entre ele e Cristiano, seu parceiro de ataque nas últimas jornadas.
?As jogadas estão saindo. Precisamos fazer essa fase mudar, já?, sentenciou. Diante da eficiência da zaga gaúcha, Leonardo aposta nas tabelas e nas infiltrações para selar uma vitória. ?Não adianta ficar cruzando bolas, pois eles têm zagueiros e volantes muito altos?, comentou.
Leonardo confia no apoio incondicional da torcida, empurrando o time do primeiro ao último minuto. ?Jogamos em casa e é preciso fazer valer esse fator. A meta é fechar o ano em alta, contra as duas melhores equipes do Brasil?, finalizou. Depois do Inter, o Paraná joga fora contra o São Caetano e fecha a temporada frente ao São Paulo, também na Vila Capanema.
Vila lotada contra o Colorado
Ingressos com preços lá embaixo e jogo decisivo formam combinação onde o resultado não poderia ser outro: casa cheia. Ontem mesmo a carga disponibilizada para troca (12.200) já se esgotou nos supermercados que fazem parte da ação ?Torcer faz bem?, da Nestlé. Como no ano passado, em todos os jogos da promoção, a torcida do Paraná não decepcionou, quer no Pinheirão quer na Vila Capanema.
Nos quatro jogos já realizados, a média de público foi de 18.773 pagantes. Curiosamente, em todas as partidas, vitória apertada do Paraná Clube: 1×0, sobre Cruzeiro, São Caetano, Fluminense e Goiás. À exceção do jogo frente ao tricolor carioca, outra coincidência. Todos os resultados foram conquistados nos minutos finais, o mais dramático deles frente ao Azulão, quando a vitória veio só aos 49 minutos do 2.º tempo.
Com os ingressos da promoção (onde um tabletão de chocolate valia a entrada) esgotados, resta aos torcedores a compra de ingressos no setor das sociais. Na arquibancada, o ingresso custa R$ 30,00 e nas cadeiras, R$ 40,00, sendo que sócios, mulheres, menores, estudantes e idosos pagam meia-entrada. Para proprietários de cadeiras o ingresso custa R$ 10,00. A carga é de 1.600 ingressos de arquibancada e 500 de cadeiras. Já a torcida do Inter, na curva sul, paga R$ 30,00, tendo sido disponibilizados 2.100 ingressos.
