O brasileiro Leonardo foi confirmado nesta quarta-feira como novo diretor esportivo do Paris Saint-Germain. O ex-técnico da Inter de Milão, seu último time, já vinha negociando com o clube francês há algumas semanas e foi apresentado oficialmente para voltar a desempenhar o cargo de dirigente, função que já teve no Milan, onde também atuou como treinador posteriormente.
Leonardo chega ao PSG em um momento de mudança radical na sua administração, já que o clube também anunciou nesta quarta-feira a destituição do presidente Robin Leproux, que por enquanto será substituído interinamente por Benoit Rousseau.
“Quero anunciar a saída de Robin Leproux. Eu quero agradecer-lhe todo o seu trabalho ao longo dos últimos dois anos. Ele fez muita coisa. Mas agora nós queremos algo diferente para o clube. Decidiu-se hoje (quarta) por uma nova estrutura para o clube para sua administração e gestão. Leonardo se tornou diretor esportivo do clube. Um presidente interino vai chegar na pessoa de Benoit Rousseau. Antoine Kombouare permanecerá como treinador”, afirmou Nasser Al-Khelaifi, presidente do conselho de vigilância do PSG.
Em sua apresentação oficial, Leonardo festejou a sua volta ao clube onde atuou como jogador em uma das melhores fases de sua carreira. “Estou realmente feliz por estar aqui. Tenho lembranças fortes de Paris de 14 meses intensos. Eu sempre pensei que eu poderia voltar, mas eu não sabia que seria assim”, afirmou o brasileiro, para depois admitir que “não foi fácil deixar a Itália” após vários anos no país.
Para ter sucesso como dirigente do PSG, Leonardo afirmou que o mais importante não será fazer grandes contratações, e sim estruturar o clube e apostar na formação de novos jogadores. “Nós não queremos comprar dez ‘Messis’, pois não é assim que você vai construir uma equipe. Você precisa de uma base. Ela existe e deve ser melhorada. Queremos jogar a Liga dos Campeões e sermos bons na França. Eu acho que a primeira coisa é falar com o treinador e ver quem vai ficar ou sair. A janela de transferências termina em 31 de agosto. Não é um projeto para ganhar o primeiro jogo, mas há longo prazo. Eu tenho que estudar e, aos poucos, construir um projeto”, reforçou.
Leonardo deixou a Inter de Milão após pouco mais de seis meses. Ele chegou ao time italiano no final de 2010, para o lugar de Rafa Benítez, mas não foi bem. Acabou sendo eliminado nas quartas de final da Liga dos Campeões da Europa, com uma goleada histórica sofrida diante do Schalke 04 em casa, por 5 a 2, e terminou o Campeonato Italiano na segunda colocação, atrás do rival Milan. Apesar disso, conquistou a Copa da Itália.
No Paris Saint-Germain, assim como aconteceu no Milan, Leonardo contará com a idolatria da torcida por sua passagem como jogador, entre 1996 e 1997. Depois de sair do Milan, porém, e ir para a Inter de Milão, o brasileiro passou a ser alvo de boa parte dos torcedores do seu ex-clube, que não perdoaram o que chamaram de “traição” por ele passar a defender os interesses do arquirrival na Itália.