Legado que pode ser deixado pela Copa não sai do papel

Não é somente a Arena da Baixada que está causando preocupação à comissão de fiscalização das obras da Copa do Mundo, do Tribunal de Contas Paraná (TCE-PR). Os projetos de mobilidade urbana em Curitiba e Região Metropolitana também. Boa parte apresentou pequena evolução em relação ao relatório divulgado em junho. Algumas correm o risco de não ficar prontas a tempo da realização do Mundial. Além do atraso, o organismo fiscalizador estadual apontou o aumento de R$ 33 milhões no custo total dessas obras. “Ainda corremos risco. Algumas obras podem não acabar até o momento da realização da Copa do Mundo. Se isso ocorrer, temos já a decisão do TCU (Tribunal de Contas da União) no sentido de que essas obras inacabadas sejam desqualificadas do PAC da Copa. Assim, com o fluxo de recursos terminado, trará um sério problema”, explicou coordenador geral do TCE-PR, Luiz Bernardo Dias Costa.

O especialista vê ameaçado também o legado que a realização da Copa do Mundo pode deixar para a sociedade de Curitiba e do Estado. “As obras inacabadas trarão prejuízos a todos. Verificamos que aquilo que tem se dito sobre o legado da Copa da Copa possa não acontecer, ou não acontecer na sua plenitude como gostaríamos. Mesmo assim, percebemos nesses três meses um avanço positivo, o que nos traz ânimo no sentido de acreditarmos que teremos as obras concluídas no tempo devido”, ponderou Costa.

Duas obras em especial, que sequer foram iniciadas, preocupam o TCE-PR. Sob a responsabilidade do município de Curitiba, os acessos à rodoviária, que ainda não tiveram seus projetos concluídos, é um deles. O outro, que faz parte do papel do Governo do Estado, são as alças da Avenida Salgado Filho, que integra as Vias de Integração Radial Metropolitanas.

 

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