O presidente Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, concedeu entrevista coletiva na noite desta terça-feira para explicar a demissão de Rogério Ceni após menos de sete meses de trabalho. Na visão do dirigente, a campanha ruim no Campeonato Brasileiro e a sequência de três eliminações em 2017 estavam causando o desgaste na imagem do ídolo. Nesse sentido, a demissão procurou evitar um desgaste maior.

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“Em razão de um novo momento e de um novo trabalho, ele vinha sendo objeto de desgaste que um homem vitorioso como ele não merecia. Por isso, ocorreu o desligamento. Certamente, causou comoção, contrariedade em alguns, mas também compreensão em muitos. Isso posso garantir através de manifestações que recebi e que fiquei sabendo”, disse Leco.

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O presidente destacou que o São Paulo apostou em um treinador inexperiente – a passagem pelo São Paulo foi a primeira experiência de Ceni como técnico. “A diretoria teve a coragem de contratá-lo, uma figura desconhecida e novata no tema ‘direção técnica’. Confiou no trabalho, deu a ele todas as condições e um pouco mais para realizar o trabalho. A diretoria acabou entendendo que o time enfrentava uma trajetória descendente, desairosa para a história dele e história do São Paulo que deveria merecer enfrentamento”, afirmou Leco, que confirmou o pagamento da multa rescisória ao ex-goleiro.

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O presidente negou a utilização da figura de Rogério Ceni como uma espécie de trampolim para sua reeleição no mês de abril. “Isso não só não corresponde à verdade. Em nenhum momento, isso passou pela minha cabeça. Não precisava disso para justificar minha candidatura, eu já tinha um histórico, um trabalho feito. Não teve nenhum cunho eleitoral. Analisar dessa forma é um raciocínio raso”, afirmou o presidente do São Paulo.