São Paulo – No último minuto, quando tudo parecia perdido, Marcos defendeu um pênalti e garantiu ao Palmeiras a chance de continuar sonhando com a Libertadores. Foi o lance final de uma vitória que parecia tranqüila, mas acabou dramática, quarta-feira.
De qualquer forma, os 3 a 2 sobre o Juventude, no Palestra Itália, colocaram o Verdão a quatro pontos do Fluminense, que jogaria ontem contra o Atlético-MG, em Volta Redonda. Vale lembrar que Palmeiras e Flu se enfrentam na última rodada, num confronto direto pela vaga na Libertadores, no Palestra. Domingo, o adversário do Verdão é a Ponte Preta, em Campinas.
Dessa vez Marcos saiu aplaudido. "Fazia tempo que não pegava um ‘penaltizinho’. Fico feliz por ter ajudado o time", disse o goleiro, que ficou no sacrifício em campo, já que havia machucado o tornozelo direito minutos antes de defender a cobrança de Enílton, nos acréscimos do segundo tempo, e o técnico Leão já havia feito as três substituições a que tinha direito.
O curioso é que há duas semanas, no próprio Palestra Itália, Marcos foi xingado por alguns torcedores. Chegou até a discutir com um deles. "Torcedor é assim mesmo: num dia vaia, no outro, aplaude".
Mas nem tudo foram flores. O próprio Marcos criticou a acomodação do time no fim do jogo. O Verdão vencia por 3 a 1 e perdia gol atrás de gol. O Juventude fez o segundo, cresceu e só não empatou porque Marcos defendeu o pênalti de Enílton. Leão reconheceu que o time errou demais, mas quem fez a análise mais contundente foi Juninho. "Toda vez que a nossa equipe está na frente, a gente coloca a bunda lá atrás e fica esperando o adversário ir pra cima. É sempre essa m… aí!", disparou o meia, em entrevista à Rádio Transamérica.
Leão isentou de culpa o volante Alceu, autor do pênalti. O técnico preferiu exaltar os acertos. Ele elogiou muito a dupla Juninho e Marcinho que desencantou após sete jogos sem marcar e chegou a 18 gols no Brasileirão, três a menos que Robson, do Paysandu.
Para o jogo de domingo, contra a Ponte Preta, Leão não poderá contar com Alceu e Marcinho Guerreiro, que receberam hoje o terceiro amarelo.
O Guerreiro, aliás, foi observado de perto por um olheiro do Atlético de Madrid. Toni Muñoz, diretor-técnico do time espanhol foi ao Palestra acompanhado pelo ex-zagueiro Luís Pereira.
Os dois garantiram que estavam ali apenas para "assistir ao jogo", mas o próprio Guerreiro admitiu que estava sabendo do real interesse deles na partida. Leão também teve conhecimento da visita de Toni Muñoz.
"Faço um apelo para que quem tiver interesse por algum jogador nosso, que espere o final do ano", disse o técnico, que criticou a atuação de Marcinho Guerreiro e creditou o fraco futebol do volante à presença dos olheiros no estádio. "Ele quis fazer graça e acabou ficando sem graça".
Quem também já manifestou o interesse no Guerreiro foi o Bayern de Munique, da Alemanha. Há quem diga que o negócio até já estaria fechado, por US$ 3 milhões (cerca de R$ 6,5 milhões). A diretoria nega.
Leão também negou uma informação divulgada de que teria recebido oferta para voltar ao Santos. "É mentira!", disse.
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