São Paulo (AE) – Leandro Barbosa já foi chamado de ?o jogador mais rápido da NBA?. Também foi cotado para participar do All-Star Game, o jogo da estrelas disputado no último domingo em Las Vegas.
E é favorito ao título de ?melhor sexto homem?, que premia o reserva mais produtivo da liga norte-americana de basquete. Mas nada disso importa muito para o brasileiro de 24 anos, que disputa sua quarta temporada pelo Phoenix Suns, um dos melhores times do campeonato.
?Barbosa é o jogador mais rápido da NBA. E ele usa toda essa velocidade com inteligência?, escreveu o jornalista norte-americano David Dupree, do jornal USA Today. Os companheiros de equipe e o técnico Mike D?Antoni também não economizam nos elogios ao brasileiro. ?Nós adoramos o que ele faz por nós?, disse o treinador. ?Para termos sucesso, ele tem que estar na quadra. Colocá-lo para jogar é o meu trabalho?.
Leandrinho tem jogado quase 32 minutos por jogo nesta temporada (um jogo da NBA tem 48 minutos). Sua média de pontos é 16,8 por jogo, a mais alta entre jogadores reservas – o argentino Manu Ginobili, titular do San Antonio Spurs, marca 16,6. Seus números só evoluíram desde que estreou no basquete norte-americano.
Mas Leandrinho não se abala com o sucesso. ?Ainda tenho que trabalhar muito para virar uma estrela?, disse ele. A seguir, trechos da entrevista:
Agência Estado – Você ficou frustrado por não ter participado do All-Star Game?
Leandrinho – Não, não. Fiquei foi feliz de ter meu nome na lista Já é um grande passo. Eu ainda sou novo, tenho que trabalhar muito para virar uma estrela. Ficaria muito feliz, claro. Mas não rolou, e a vida continua.
AE – A temporada está saindo como você planejava?
Leandrinho – Está tudo ótimo. A cada dia eu aprendo uma coisinha nova. Estou bem satisfeito com os minutos que estou jogando. Às vezes não jogo muito tempo, por alguma decisão tática. Mas se eu jogar um minuto só, vou dar meu máximo.
AE – O que mudou em relação à temporada passada?
Leandrinho – Agora eu jogo mais aberto, armando menos. Estou fazendo mais pontos (16,8, contra 13,1 da temporada anterior). E está dando muito certo, principalmente por causa da minha velocidade. O técnico gosta de jogar rápido, e eu posso fazer isso muito bem.
AE – Sua adaptação está completa?
Leandrinho – Dentro de quadra sim. Não tem mais aquele desespero de tentar falar ou tentar entender e não conseguir. Agora eu quero aprender um pouco mais de inglês, para usar fora do basquete.
AE – Houve problemas com a língua?
Leandrinho – No começo foi bem difícil, você tentar e não ter as palavras. Eu tinha um intérprete, que me ajudava. Mas logo eu dispensei, porque eu queria aprender na dificuldade mesmo. Melhor assim.
AE – Você joga o Pan do Rio?
Leandrinho – Eu sempre quero jogar pelo Brasil. Mas depende do time me liberar.