Em vantagem na final da Libertadores, depois de ter vencido o primeiro por 4 a 2, na semana passada, em Quito, a LDU tenta manter a tranqüilidade para o jogo decisivo desta quarta-feira, quando enfrentará o Fluminense no Maracanã. O time equatoriano sabe que sofrerá uma grande pressão do adversário, mas promete controlar o ritmo do confronto para sair com o título.
"Estamos muito bem preparados física e mentalmente", garantiu o técnico Edgardo Bauza, para quem sua equipe não irá sentir a pressão de um estádio com praticamente 80 mil torcedores do Fluminense – são esperados cerca de 1,5 mil equatorianos no Maracanã. "Seremos poucos mas seremos ouvidos".
Sobre questões táticas, Bauza não quis se aprofundar antes do jogo, mas admitiu que a prioridade da LDU será explorar os contra-ataques. "Temos que esperar para ver como a partida irá se desenvolver. Procuraremos reter a posse da bola e teremos de executar a transição (entre defesa e ataque) com competência", explicou o treinador.
Quando perguntados sobre o grande otimismo do Fluminense, principalmente do técnico Renato Gaúcho, os equatorianos se desviam do assunto com diplomacia. O presidente da LDU, Rodrigo Paz, é educado e humilde ao elogiar a campanha de seu clube até aqui, e diz que o título seria apenas a sua coroação. A perda do troféu, porém, não seria vista como uma catástrofe.
"Dois gols é uma ótima vantagem, mas a graça da vida é que nada está escrito previamente. Tudo pode acontecer. Estaria preocupado se tivéssemos chegado à final por sorte", disse o presidente da LDU.
Assim como o Fluminense, a LDU está pela primeira vez numa final de Libertadores. Mas, enquanto os brasileiros já ganharam o torneio 13 vezes, os clubes equatorianos ainda não foram campeões continentais. "Seria o ápice de nossas carreiras. Merecemos ser campeões por tudo que fizemos", afirmou o meia Obregón. "Sabemos de nossas responsabilidades em representar a Liga e o povo equatoriano".
No jogo desta quarta-feira, a equipe titular da LDU será a mesma que derrotou o Fluminense no jogo da ida, em Quito. A única dúvida é o goleiro Cevallos, que sente dores musculares leves, mas ele deve jogar.