Campeãs de quatro dos seis eventos das séries Major e Grand Slam que jogaram nesta temporada, Larissa e Talita estão muito perto dos Jogos do Rio. Faltando apenas duas etapas para o encerramento da corrida olímpica brasileira, as veteranas precisam chegar apenas às quartas de final do Grand Slam de Olsztyn, que começa nesta terça-feira na Polônia, para carimbarem o passaporte para o Rio-2016.
A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) definiu que irá convocar para a Olimpíada a melhor dupla de cada gênero numa corrida que envolve nove torneios, sendo oito das séries Major e Grand Slam (que dão 800 pontos ao campeão) e o Open do Rio, evento-teste da Olimpíada, que distribui 500 pontos à dupla medalhista de ouro. Os dois piores resultados são descartados.
Até aqui foram jogados sete destes torneios. Mesmo tendo disputado apenas seis deles, porque abriram mão de atuar em Stavanger (Noruega), Larissa e Talita lideram a corrida. Com 4.040 pontos, só podem ser ultrapassadas por Ágatha/Bárbara Seixas, que somam 3.920. As atuais campeãs mundiais, se forem campeãs em Olsztyn e no Rio, podem chegar até 5.500.
Assim, com 461 pontos, Larissa e Talita não podem mais ser ultrapassadas nessa corrida. Elas atingem tal pontuação se chegarem às quartas de final na Polônia, nesta semana. Ainda que Talita/Larissa seja eliminada na fase de grupos, Ágatha/Bárbara precisa chegar ao menos na semifinal. Se as veteranas forem às oitavas, só restará às campeãs mundiais jogar a final.
De qualquer forma, tudo indica que as duas duplas estarão na Olimpíada. Pelo que explicou a CBV, o segundo time na Olimpíada será definido por critérios técnicos, dando preferência a quem ficar em segundo na corrida olímpica. Agatha e Bárbara Seixas lideram o ranking mundial, mas acabaram prejudicadas pela decisão da CBV de não considerar os resultados do Campeonato Mundial na corrida, uma vez que só quatro duplas brasileiras poderiam jogar a competição.
Juliana e Maria Elisa somam 3.320 pontos e, se forem campeãs nas duas próximas etapas, podem alcançar 4.020 pontos. Matematicamente, ainda podem ultrapassar Ágatha/Bárbara, mas para isso precisam de uma combinação perfeita de resultados. Mesmo assim, deve ser levado em conta pela CBV o fato de Agatha e Bárbara serem as atuais campeãs mundiais.
MASCULINO – Entre os homens, a corrida também está restrita a duas duplas, mas praticamente definida. No Grand Slam de Long Beach (EUA), no fim de semana passado, Alison e Bruno Schmidt conquistaram o quarto título seguido e mostraram que são o melhor time do momento. Agora, eles somam 3.920 pontos, contra 3.560 de Pedro Solberg/Evandro.
Se forem campeões na Polônia e no Rio, Pedro e Evandro chegam a 4.140 pontos. Enquanto isso, Alison e Bruno tem um descarte de 240 pontos e, chegando às quartas de final em Olsztyn, já alcançam 4.160 pontos. Para seguir sonhando com a vaga direta na Olimpíada, os cariocas precisam no mínimo do bronze na Polônia. Se os rivais forem às oitavas, só o título passa a interessar a Pedro/Evandro.
Os veteranos Ricardo e Emanuel não têm chances sequer matemáticas de assumir o segundo lugar da corrida olímpica e vão terminar mesmo em terceiro. Campeões olímpicos em 2004, eles vêm mal nesta temporada e não fizeram nenhuma semifinal no Circuito Mundial até aqui. Só a experiência pesa a favor deles na disputa com Pedro/Evandro pela convocação pelos critérios técnicos. Os mais jovens, afinal, foram medalhistas de bronze no Mundial.
Existe também a possibilidade, ainda que improvável, de a CBV sugerir a formação de uma nova dupla. Emanuel já jogou com Pedro Solberg, mas os dois atualmente atuam como defensores.
CONFIRA COMO ESTÁ A CORRIDA OLÍMPICA:
Larissa/Talita – 800 + 800 + 360 + 800 + 480 + 800 = 4.040
Ágatha/Bárbara – 360 + 480 + 720 + 800 + 480 + 720 + 360 = 3.920
Juliana/Maria Elisa – 360 + 240 + 800 + 720 + 480 + 360 + 360 = 3.320
Alison/Bruno – 560 + 240 + 360 + 360 + 800 + 800 + 800 = 3.920
Evandro/Pedro – 720 + 480 + 800 + 360 + 480 + 360 + 360 = 3.560
Ricardo/Emanuel – 480 + 480 + 480 + 360 + 360 + 240 + 360 = 2.760