São Paulo – O presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), Jorge Lacerda da Rosa, reassumiu suas funções ontem, depois de ter sido afastado na última quinta-feira por liminar concedida pela 47.ª Vara Cível do Rio. Ainda apurando as perdas provocadas pelos dias fora do cargo, Lacerda disse sofrer um boicote por parte de pessoas supostamente ligadas ao ex-presidente Nelson Nastás, afastado judicialmente no ano passado sob acusação de má administração e apropriação indébita.
"Tem uma facção contrária ao trabalho da federação. Por uma série de fatores, percebi que isso tudo é trabalho do Nastás da Koch Tavares (empresa organizadora de alguns dos principais torneios de tênis do País), do (ex-tenista, Carlos Alberto) Kirmayr. Eu não estava querendo acreditar, mas é verdade. Estava procurando trabalhar junto com eles, mas eles não querem, preferem trabalhar com a falta de credibilidade do tênis", diz Lacerda.
O presidente da CBT aponta seu afastamento na semana passada e a dificuldade para conseguir apoio para a seleção da Copa Davis como indícios do boicote que estaria sofrendo. A liminar que o tirou do cargo foi concedida após pedido da Federação do Piauí, que alegava irregularidade na eleição que o elegeu, em dezembro.
"A Federação do Piauí não tem sede, não tem arrecadação. Ela foi laranja para pedir essa liminar. Esse grupo entrou, no mesmo dia, com pedidos de liminar por meio das federações do Piauí, do Rio e de Minas", diz Lacerda.
Sobre a Copa Davis, o dirigente tenta um patrocínio para o grupo que representará o Brasil no confronto contra a Colômbia, na Colômbia, de 4 a 6 de março. Lacerda negocia com o técnico de Gustavo Kuerten, Larri Passos, para que ele assuma o posto de capitão do Brasil, mas ainda esbarra na falta de apoio. "Estou sentindo resistência de todo mundo. O Banco do Brasil não quis apoiar o projeto da Davis agora porque disse que há uma ferida aberta."