São Paulo – Ainda com grande esperança de voltar ao circuito internacional de tênis, Gustavo Kuerten – que completou 30 anos no último domingo – surpreendeu ao anunciar hoje, em São Paulo, a demissão do treinador argentino Hernan Gumy. A parceria durou 16 meses e apenas três jogos em torneios oficiais: dois no US Open do ano passado, diante de Paul Goldstein e Tommy Robredo; e um no Brasil Open, contra André Ghem.
Apesar da situação, Guga diz que a decisão veio para ?buscar uma nova motivação?. ?Não pensei ainda em quem chamar para ser o meu novo técnico?, disse o tenista, depois de um treino em São Paulo, com alguns integrantes da equipe da Copa Davis. ?Não tenho pressa em definir nada, mesmo porque a minha prioridade ainda é o físico.?
Guga está treinando esses dias sob a orientação de Fernando Meligeni, mas só para os jogos da Copa Davis, de 22 a 24, em Belo Horizonte, para o confronto diante da Suécia, pelo playoff do Grupo Mundial. Ainda sem boas condições físicas e sem jogar uma partida válida para o circuito da ATP desde fevereiro, no Brasil Open, ele admite que sua convocação para a equipe brasileira serviu como uma injeção de ânimo, mas confessa que está se preparando para jogar apenas nas duplas.
?Fiquei surpreso com a convocação do Fininho (Meligeni) mas gostei, pois foi um novo ânimo na minha carreira. Sinto que estou a cada dia melhor, mas vou tentar apenas jogar a dupla?, disse Guga. ?Sempre há um incômodo, com as dores no quadril, mas estou buscando maior estabilidade.?
Guga já teve a experiência de participar de uma Davis atuando apenas na partida de duplas. Foi no confronto diante do Peru, na cidade de Ásia. Diante da Suécia, a dupla é considerada um dos pontos mais difíceis, pois o time adversário tem especialistas na modalidade, como Jonas Bjorkman.
A equipe da Davis brasileira conta, além de Guga, com Flávio Saretta, Marcos Daniel, Ricardo Mello, André Sá e Thiago Alves. Destes seis, apenas quatro poderão participar do confronto com a Suécia.