Menos de 24 horas depois de sofrer o mais violento acidente da F1 nos últimos anos, Robert Kubica deixou o hospital Sacre-Couer, em Montreal. E já pensa na próxima corrida, domingo que vem em Indianápolis.
O polonês, de 22 anos, teve alta ao meio-dia (13h de Brasília) e foi para o hotel dirigindo uma BMW X5. Teve apenas uma leve concussão e torceu o tornozelo direito, depois de bater seu carro no muro e capotar várias vezes na 27.ª volta do GP do Canadá, anteontem.
Ao sair do hospital, disse que se sentia bem e não tinha dores. Agradeceu aos médicos, aos membros da equipe que o visitaram e a Jarno Trulli, que também foi vê-lo na noite de domingo.
Foi na traseira do Toyota de Trulli que Kubica tocou, na curva 9, alçando vôo com seu BMW Sauber, que se desmanchou no ar depois da pancada no muro. ?Estou muito feliz por deixar o hospital tão rapidamente e agora quero me preparar para a corrida de domingo?, disse.
Antes de ser liberado para disputar a prova, porém, Kubica será examinado pelo pessoal médico da FIA na pista, quinta-feira. O time tem até as 16h locais da quinta para nomear seus pilotos. Se Robert for vetado, a BMW Sauber tem duas opções para substituí-lo: o piloto de testes Sebastian Vettel e o líder da GP2, Timo Glock.
Lucidez dá vitória a Lewis Hamilton
Eram 22 pilotos na largada. Para 21 deles, alguma coisa aconteceu de esquisito ou dramático no GP do Canadá, em Montreal. O único que teve um domingo sossegado, pautado pela lucidez, foi Lewis Hamilton. Largou na frente, na frente chegou. Sem erros ou sustos. O piloto da McLaren venceu pela primeira vez na F1, assumiu a liderança isolada do Mundial com 48 pontos e completou uma seqüência incrível de seis pódios em seis corridas, algo que jamais um estreante conseguiu na categoria.
Hamilton vai, assim, inscrevendo seu nome na história como ?o primeiro a…? em vários itens. Antes de começar o campeonato, despertava certa curiosidade por ser o primeiro negro a correr na F1. Agora, a cor deixou de ser uma excentricidade no mundo elitizado e conservador das corridas. Sim, já é o primeiro negro a largar na pole e a vencer um GP. Mas e daí? O que importa é o que ele está pilotando, com autoridade e calma de veterano.