São Paulo (AE) – Primeira beldade a fazer fama e fortuna no tênis feminino, Anna Kournikova é uma celebridade internacional. Por onde anda, carrega o fascínio, o deslumbre e suas apresentações são concorridas, ao estilo dos shows de grandes astros, com ingressos esgotando-se antecipadamente. Seu calendário de fotos sensuais está na lista dos mais vendidos e recentemente ela foi a grande atração no Fleet Center de Boston, no Smash Hits Carity, fazendo um jogo exibição para a Elton John Aids Foundation.

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Anna Kournikova, no auge da forma, com apenas 24 anos, dedica-se agora a este tipo de apresentação. Na semana de 4 a 10 de dezembro, vai estar no Brasil para um duelo de graça e talento diante da prodigiosa Martina Hingis, menina de sorriso claro, linda e que é até hoje a mais jovem tenista a ocupar o lugar de número 1 do mundo, quando tinha apenas 16 anos e seis meses – está atualmente com 25 anos.

O cenário desse encontro será um dos mais conhecidos pontos do Rio: Copacabana. O jogo será no sábado, dia 10, e a boa notícia para cariocas e turistas é que pelo fato de o evento estar marcado para uma praia, não poderá ser feita cobrança de ingressos. O público brasileiro vai ter a chance de ver de graça o que mundo paga altas cifras para assistir.

Fama e dinheiro

Com incrível talento, revelado desde os seis anos de idade, Anna Kournikova carrega o estigma de jamais ter conquistado um título importante ou alcançado os triunfos que tanto se esperava. Mas a fama, o sucesso e a fortuna chegaram rápidosdemais. Muito para uma menina de origem humilde e que aprendeu a jogar tênis a custa de muitos sacrifícios e privações.

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?Ganhei minha primeira raquete quando tinha quatro anos, e a achei debaixo de uma árvore de Natal?, conta Kournikova em sua biografia. ?Mais tarde vim a saber que meus pais venderam uma tevê usada para poder comprar a raquete.?

Logo, Kournikova deixou os galpões, onde improvisava uma quadra de tênis para jogar no rígido inverno russo, para aos 8 anos ser contratada pelo clube Spartak de Moscou. Aos 9 transferiu-se para a academia de Nick Bolletieri, em Brandenton, na Flórida (EUA). Com 12 anos, já acumulava uma fortuna invejável e contratos de patrocínios e agenciamentos, dignos de uma tenista profissional.

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Anna, rapidez para subir e descer na carreira profissional

Tudo andava muito rápido na vida de Anna Kournikova. Aos 14 anos, transformou-se na tenista mais jovem da história a ganhar um jogo da Fed Cup, a versão feminina da Copa Davis. Com a mesma idade, em 1996, na sua estréia em um torneio do Grand Slam, chegou a quarta rodada do US Open.

Nova York era um fascínio para a menina e para sua mãe, Ala, que todos os dias, sem exceção, entrava no ônibus oficial do torneio (de Manhattan para Queen?s, onde é jogado o US Open) carregada de sacolas da Blomindales, Macys, Sacks, entre outras ainda mais sofisticadas.

O sucesso nas quadras não veio da forma e intensidade esperada. Entre suas maiores conquistas está o fato de ter chegado às semifinais do Aberto da Austrália, ter batido praticamente todas as top ten que enfrentou e de ter sido número 1 do ranking mundial de duplas, justamente ao lado de Martina Hingis. Em simples, jamais ganhou um título significativo. Sua beleza, a fama que fez com suas pernas bem torneadas, bronzeadas e a natural sensualidade, fizeram que que Kournikova perdesse o foco no tênis.

Os poucos resultados nas quadras não fizeram de Anna Kournikova uma mulher infeliz. Soube tirar proveito e transformou-se num divisor de águas. Antes dela o tênis era diferente. Depois, surgiram outras beldades.

Martina, homenagem deu certo

Sua adversária na praia de Copacabana é também uma história vibrante e interessante. Martina Hingis recebeu este nome em homenagem à grande campeã Martina Navratilova. Nascida em Kosica, na hoje República Eslovaca, foi levada pela mãe, Melanie Molitor, para a Suíça, onde teria melhores oportunidades para jogar tênis. De forma incrível, não só aprendeu o esporte, como se tornou número 1 do mundo e ganhou cinco títulos de Grand Slam, três do Aberto da Austrália, um de Wimbledon e outro do US Open.

No ano de 1997, ela quase fechou o Grand Slam, ganhando todos os quatro principais torneios numa mesma temporada. Só falhou em Roland Garros, ao perder a final para a croata Iva Majoli. Voltou à decisão do Aberto da França em 99, diante de Steffi Graf. Tinha o jogo nas mãos, mas, de repente, deixou escapar, ao perder por 4/6, 7/5 e 6/2, na que é conhecida até hoje como uma das mais dramáticas decisões de Roland Garros.

Hingis tem 40 títulos de simples e 36 de duplas. Apesar do enorme talento e das conquistas, ela parou de jogar muito cedo, por causa de uma contusão. No início desse ano, participou de um torneio na Tailândia. Mas só jogou para ajudar as vítmas do Tsunami.

Guga também no programa

São Paulo (AE) – Além do encontro de beldades, a semana do tênis, na praia de Copacabana, no Rio, também terá a volta de Gustavo Kuerten às quadras, num bom teste de avaliação para o brasileiro, disputando um torneio diante de bons jogadores do circuito profissional, como o alemão Nicolas Kiefer (23.º colocado do ranking), o norte-americano Robby Ginepri (17.º) e o atual vice-campeão de Roland Garros, o argentino Mariano Puerta (10.º).