Um dos mais experientes pilotos do Dakar, Klever Kolberg, 43 anos, acelera novamente um Mitsubishi Pajero Full 3.8 nas areias do Saara.

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Além da enorme bagagem adquirida em quase duas décadas de deserto, o bicampeão dos Rali dos Sertões (1997 e 1998) tem nas mãos um carro superpreparado pela Faster, fornecedora oficial da conceituada Ralliart.

Em relação ao carro do ano passado, a principal novidade no Mitsubishi do piloto gaúcho é a nova embreagem. Foi um problema na peça que lhe tirou das primeiras posições no Dakar 2005. "Estávamos andando entre os dez mais rápidos até o problema na etapa entre Zouerat e Tichit, na Mauritânia", contou.

O piloto da equipe Petrobras Lubrax, oitavo colocado no Dakar 2002, aposta ainda na juventude de seu novo co-piloto, o paranaense Eduardo Bampi. Aos 28 anos, ele sentará no lugar do experiente Lourival Roldan, que esteve ao lado de Kolberg nas edições de 2003, 2004 e 2005.

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A estréia de Bampi acontece em uma edição na qual a navegação está sendo considerada como ponto-chave da prova.

"Em 99% do trajeto, não haverá GPS, apenas a bússola. O navegador será valorizado como no passado. Os inevitáveis erros de navegação serão mais freqüentes, o que pode manter o resultado aberto até o fim", diz Kolberg.

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O objetivo da dupla é chegar entre as dez primeiras na classificação geral e entre as cinco na categoria Super Production Gasolina, na qual competem os quatro carros da equipe de fábrica da Mitsubishi, considerada favorita.

Para isso, Kolberg e Bampi precisarão deixar para trás 178 carros, sendo 28 das equipes oficiais e semi-oficiais, que gastam milhões de dólares para o desafio africano. "Será o segundo ano consecutivo com o mesmo carro. Agora, já o conheço bem, o que me dá confiança para andar entre os primeiros."